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Sou um professor que está na área de educação há mais de 40 anos. Considero um educador aquele que olha para a formação integral do aluno, independentemente da disciplina que ele leciona e que compreende que as conexões feitas por cada pessoa são diferentes: cada pessoa aprende de forma diferente e quanto mais estiver contextualizado melhor as chances do aprendizado acontecer. 

Continuo atuando junto às escolas, diretores, coordenadores e professores, e percebo o esforço de todos diante da pandemia tentando se reinventar dentro e fora da sala de aula. Fico refletindo sobre as possíveis saídas e, evidentemente, uma delas passa pela elaboração de políticas públicas que ofereçam acesso com equidade para crianças e jovens deste país.

Outra questão bastante atual é a implementação da Base Nacional Comum Curricular. Apesar de toda polêmica com prós e contras para a construção da base, temos agora uma orientação geral e as escolas estão se preparando para implementar o Novo Ensino Médio. Isso por si só não muda a situação econômica em que vivemos, mas nos traz esperança de que um novo tempo se aproxima.

A BNCC traz como referência contribuir para a construção de uma sociedade ética, democrática, responsável, inclusiva, sustentável e solidária, que respeita e promove a diversidade e os direitos humanos, sem preconceito de qualquer natureza.

As Competências Gerais da base colocam a perspectiva da construção de currículos, que viabilizam a reflexão sobre a aplicabilidade dos conceitos abordados na Educação Básica.

As competências gerais, descrevo sinteticamente abaixo:

As 10 Competências Gerais da BNCC:

  1. Conhecimento – Reforçam a importância dos saberes construídos para valorizar e utilizar os conhecimentos sobre o mundo físico, social, cultural e digital, mas para colocar os alunos não só entendendo e explicando a realidade, mas abrindo espaço para continuar aprendendo e colaborando com a sociedade, exercendo a cidadania como protagonista de transformação social.
  2. Pensamento científico crítico e criativo – O pensamento científico deverá ser abordado de forma crítica e criativa; a importância de investigar causas, elaborando e testando hipóteses para resolver problemas com soluções que beneficiem a todos, colocando sempre o foco no bem comum.
  3. Repertório Cultural – Ampliação para valorizar as diversas manifestações artísticas e culturais para que os alunos não só participem de práticas diversificadas, mas que também possam ser produtores artístico-culturais.
  4. Comunicação – Deverá ser abordada através de diferentes linguagens para partilhar informações, experiências, sentimentos e sentido para o entendimento mútuo sempre buscando o respeito às opiniões diversas, ampliando a capacidade de argumentar com coerência.
  5. Cultura Digital – Diante desse novo tempo, a cultura digital passa a ser elemento de utilização e criação de tecnologias, mas de forma construtiva, criativa e sobretudo ética; que ela sirva para comunicar e construir conhecimentos autorais que resolvam problemas diversos.

Continua… Clique aqui e confira a parte 2.

Colunista Luis Laurelli
Coluna por

Luis Laurelli

Educador, Gestor, Consultor Educacional e Coaching Apreciativo. Ocupou cargo de professor de física, coordenador e Diretor Geral em instituições escolares, tais como Escola Pueri Domus, Colégio Pentágono e Aracruz Celulose (Escola Ativa de Coqueiral). Assumiu
a Direção Geral, Regional e/ou Comercial de redes de ensino tais como, Sistema de Ensino Pueri Domus, Rede Pitágoras, Pearson Education, Sangari Brasil e Instituto Pão de Açúcar de Desenvolvimento Humano. Consultor de Produtos e Soluções Educacionais na Corus Consultores, Tuneduc e Mind Lab do Brasil. É sócio fundador da Devir Projetos Educacionais e da LAL Formação Educacional. Recentemente assumiu a Coordenação Geral da Coleção “Palavra Cantada na Escola”. Atualmente é Diretor Educacional da Isaac.