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A importância do desenvolvimento do pensamento criativo, que é uma das competências gerais da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), foi um dos destaques da última edição do Conecta Escolas Exponenciais, o maior evento on-line de educação do Brasil. Uma das palestrantes convidadas para o encontro foi a gerente de educação na Faber-Castell, Carolina Luvizoto, que falou sobre a criatividade como uma importante habilidade do século 21. Na ocasião, a profissional deu dicas de como as escolas podem potencializar a criatividade dos alunos. A palestra está disponível no YouTube.

Inicialmente, Carolina mostrou os dados de um estudo que analisou o comportamento de 1600 crianças durante alguns anos. A pesquisa revelou que 98% das crianças de até 5 anos são altamente criativas; já aos 10 anos, apenas 30% permanecem criativas; chegando em 12% aos 15 anos. Segundo a profissional, os dados evidenciam o que alguns cientistas já têm demonstrado: ao decorrer da idade, surge um bloqueio no processo criativo.

Entretanto, Carolina destaca que a criatividade é um processo e que pode ser desenvolvida.  “Como a escola pode potencializar o desenvolvimento criativo de crianças e jovens? A escola deve ajudar as crianças a fazerem uso do conhecimento adquirido de forma criativa”, afirma.

Na educação infantil, período escolar em que as crianças são mais criativas, a gerente acredita que é necessário criar as bases para o pensamento criativo. “Você vai criando essa organização para que à medida que elas avancem nos anos de escolaridade, elas façam uso dessa base do pensamento criativo”, sugere.

Sendo assim, nessa faixa etária é recomendado incentivar a exploração de texturas e temperaturas, e possibilitar o contato com diferentes tipos de materiais. “Você pode solicitar que as crianças criem um ninho ou um abrigo para uma criatura especial, a qual elas mesmas devem imaginar qual é. Você também pode organizar as crianças para investigarem diferentes tipos de rochas, criando um repertório”, exemplifica.

Já no ensino fundamental, a dica da profissional é para que a equipe pedagógica possibilite a criação de ‘micromundos’, com contextos de aprendizagem que as crianças possam criar projetos que sejam significativos. “Os estudantes precisam desenvolver projetos que sejam pessoalmente significativos, que tragam paixão”, completa.