A Black Friday pode ser uma boa oportunidade para as instituições de ensino falarem sobre o consumismo com os estudantes e, ainda, impulsionarem a educação financeira. Afinal, são muitas as pessoas que chegam na vida adulta sem saber se organizar financeiramente, o que afeta a melhora nos índices de inadimplência e, consequentemente, implica na falta de controle das despesas pessoais.
Na tentativa de mudar este cenário, a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) decidiu incluir a Educação Financeira como um dos temas transversais obrigatórios, que devem fazer parte do currículo do ensino básico a partir de 2023. A ideia é que se promova esse tipo de consciência entre os estudantes, evitando problemas financeiros futuros.
Para Natália Alonso, gestora de projetos educacionais da BEĨ Educação, “os projetos de Educação Financeira devem ser aplicados à realidade do aluno. Ele tem de ser orientado com base na própria vida. Desta forma, encontrará uma utilidade para o aprendizado. Quanto mais próximo da realidade dele, mais sentido e significado o saber terá. Isso é imprescindível, precisa ter contexto”, pontua.
A aprendizagem da matemática mais significativa, que prepara melhor para o futuro, deve seguir etapas. “O primeiro passo é fazer com que o jovem saiba distinguir a necessidade da vontade e, depois, fazê-los aplicarem essa teoria em suas vidas. Assim, passam a olhar o dinheiro de uma forma mais cuidadosa, sabendo dar valor a esse recurso a partir do esforço que fizeram para consegui-lo”, finaliza.
Cenário econômico brasileiro na Black Friday
O Mapa de Inadimplência do Serasa, divulgado em setembro de 2022, aponta que mais de 68 milhões de brasileiros estão com dívidas atrasadas, o que pode gerar controvérsia com as expectativas de vendas na Black Friday.
A estimativa é de que, neste ano, 50% dos brasileiros aproveitem a data para comprar, segundo a Pesquisa Consumo 2º semestre 2022 – IM Globo, da Behup.
