Aquele sorvete, pizza, biscoito recheado, batata frita, macarrão instantâneo, refrigerante e tantas outras guloseimas são alimentos que enganam o paladar, mas que fazem muito mal para a saúde. São alimentos ultraprocessados que devem ser evitados na dieta, pois podem causar doenças como obesidade, diabete e problemas cardíacos.
A solução é adotar uma alimentação saudável, composta de alimentos ricos em nutrientes e vitaminas, que podem ser encontrados in natura – ou seja, que vêm diretamente da natureza e são livres de agrotóxicos ou de processos de modificação genética, os chamados produtos transgênicos -, como folhas, frutas, ovos e leite; ou ainda os alimentos minimamente processados – aqueles que passaram por etapas de lavagem, descascamento, cortes e/ou frações para o preparo em porções prontas para o consumo –, como arroz, feijão, frutas secas, sucos sem adição de açúcar, farinhas de mandioca, tapioca ou de trigo e massas frescas, por exemplo.
O fato é que muitas pessoas não têm acesso a alimentos saudáveis, nem mesmo sabem analisar e diferenciar os tipos de alimentos, e acabam consumindo muita comida industrializada. Por isso, é importante que, desde cedo, crianças e adolescentes tenham acesso a essas informações, para evitar que cresçam se alimentando mal.
Partindo dessa premissa, jogos de tabuleiro, exercícios sobre classificação de alimentos e elaboração de cartazes sobre alimentação saudável, balanço energético, guia alimentar, colesterol e até análises de rótulos – assunto muito discutido atualmente – são algumas das 51 atividades propostas no e-book Educação Alimentar e Nutricional como Estratégia para a Prevenção da Obesidade e seus Agravos – Práticas pedagógicas aplicadas à escola, que está disponível gratuitamente para download no Portal de Livros Abertos da USP.
A obra é organizada pelas nutricionistas Ana Paula de Queiroz Mello, mestre e doutora pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP, e Nágila Raquel Teixeira Damasceno, diretora da Divisão de Nutrição e Dietética do Hospital Universitário (HU) da USP, coordenadoras do Programa Educação Alimentar – Integrando Ciência, Escola e Saúde (Peduca), que deu origem ao livro.
Elaborado em plena pandemia de covid-19, entre os anos de 2018 e 2019, o programa é voltado à prevenção de doenças crônicas não transmissíveis no ambiente escolar, em especial à obesidade. Como afirmam as organizadoras, “o mais importante é reforçar que o projeto de Educação Alimentar relaciona o conhecimento à prática, e isso começa em casa!”.
*Fonte: Claudia Costa, Jornal da USP