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A Universidade de São Paulo (USP), a maior do País, decidiu colocar fim à obrigatoriedade do uso de máscaras em ambientes fechados, como salas de aula. As máscaras vinham sendo cobradas na instituição como forma de reduzir a contaminação pela covid-19. A decisão foi anunciada nesta terça-feira, 23, por meio de um comunicado assinado pelo reitor, Carlos Gilberto Carlotti Junior. A medida valerá a partir desta quarta, 24.

De acordo com a nota, porém, a utilização das máscaras deve permanecer em transportes coletivos e nos serviços de saúde dos câmpus, informou a reitoria. E, apesar da flexibilização, a USP vai exigir que as pessoas comprovem que estão vacinadas com as doses adicionais do imunizante contra o coronavírus.

Em março deste ano, o governo estadual paulista retirou a obrigatoriedade do uso de máscaras em locais fechados. Naquela época, a USP optou por manter a cobrança de uso em seus espaços internos, como salas de aula e auditórios.

A medida de flexibilização agora foi tomada em função da redução do número de casos de covid-19 no Estado, além da diminuição do número de hospitalizações e óbitos pela doença nas últimas semanas – na última quarta-feira, 17, a Anvisa suspendeu a obrigatoriedade de máscara facial em aeroportos e aeronaves.

Nos hospitais do Estado de São Paulo, as taxas de ocupação de pacientes diagnosticados com covid-19 são de 21,9% em leitos de enfermaria e 25,7% em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Na região metropolitana da capital, esses números aumentam para 28% e 30,9%, respectivamente.

A reitoria informou também que a Comissão Assessora de Saúde da USP, um grupo de especialistas que auxilia nas discussões, foi ouvida antes de a decisão ser tomada.

“Considerando a evolução favorável da pandemia da covid-19 no Estado de São Paulo, com redução sustentada do número de casos, hospitalizações e óbitos pela doença nas últimas semanas; a redução do número de afastamentos pela covid-19 entre membros da comunidade universitária; e ouvida a Comissão Assessora de Saúde, a Reitoria da USP estabelece que, a partir do dia 24 de agosto, o uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados da Universidade fica restrito apenas ao transporte coletivo e aos serviços de saúde dos campi”, manifestou a universidade.

De acordo com os dados do consórcio de imprensa divulgados nesta terça-feira, o Brasil acumula mais 682,9 mil mortes por covid-19, e já registrou mais de 34,3 milhões de casos confirmados da doença desde o início da pandemia. Cerca de 180,5 milhões das pessoas já se imunizaram com ao menos uma dose no País (84%); 169,9 milhões com as duas doses ou dose única (79%), e mais de 101,8 milhões foram imunizados com uma dose de reforço.

Confira o comunicado da Reitoria na íntegra

Considerando:

– a evolução favorável da pandemia da covid-19 no Estado de São Paulo, com redução sustentada do número de casos, hospitalizações e óbitos pela doença nas últimas semanas;

– a redução do número de afastamentos pela covid-19 entre membros da comunidade universitária;

E ouvida a Comissão Assessora de Saúde, a Reitoria da USP estabelece que, a partir do dia 24 de agosto, o uso obrigatório de máscaras em ambientes fechados da Universidade fica restrito apenas ao transporte coletivo e aos serviços de saúde dos campi.

Reforçamos a exigência de comprovação das doses adicionais da vacina contra o coronavírus para acesso às dependências da Universidade como medida eficaz de proteção individual e coletiva contra a infecção.

A Reitoria agradece e parabeniza a comunidade acadêmica da USP pela adesão ao uso de máscaras e ao esquema vacinal completo no período da pandemia da covid-19.

São Paulo, 23 de agosto de 2022.

Carlos Gilberto Carlotti Junior

Reitor da USP

Redação