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Em 2020, a educação on-line nas plataformas digitais foi o setor que mais cresceu em número de interações, com alta de 60%, seguido do segmento financeiro (47%) e publishing – sites de conteúdo e notícias (28%). No primeiro trimestre de 2021, o setor continuou com grande representatividade, registrando aumento de 20% no total de interações nas redes sociais em relação ao mesmo período no último ano.

Os dados foram divulgados pela Comscore, uma empresa pioneira de medição de público, e levou em consideração as principais mudanças originadas pela pandemia de Covid-19. O público de educação também liderou o tempo dedicado ao consumo dos conteúdos em sites de cursos, treinamentos e de informações sobre o tema, segundo a análise. O segmento cresceu 5% em visitantes únicos e 45% em minutos consumidos na comparação entre março de 2021 com março de 2020.

“Esse crescimento é resultado da necessidade de integrar a educação on-line à rotina dos estudantes em um ano marcado pelo confinamento e distanciamento social. O impacto foi percebido pelo aumento do número de interações e no tempo gasto em consumo de conteúdos desta categoria na internet. Ou seja, a análise reforça como as transformações impactaram a realidade da educação, que intensificou o uso de canais on-line para permanecer relevante”, comenta Eduardo Carneiro, diretor geral da Comscore.

Ainda segundo o estudo, o total de usuários únicos que acessam os conteúdos educativos chegou a 78,7 milhões em março de 2021.  Em relação ao perfil do público, o segmento de educação segue a mesma representativa do consumo de internet no Brasil: 43% são das classes A e B; 46% são da classe C; e 12% são das classes D e E.

Outro apontamento relevante é que a audiência é majoritariamente mobile: 71% consomem os conteúdos por dispositivos móveis, enquanto o desktop aparece com 29% dos acessos. Em relação à TV, 55% das pessoas ainda não estão confiantes como meio como canal de educação para as crianças.

Diante desse cenário, a categoria ganhou potencial nas estratégias das marcas, que intensificaram a produção de conteúdos especiais nas redes. Entre as plataformas mais utilizadas pelas empresas, os posts no Facebook representaram 38% das ações; o Instagram veio em seguida, com 22% dos conteúdos patrocinados; na sequência estão o Twitter e o Youtube, com 21% e 18% do total de conteúdos, respectivamente.

Além disso, a sondagem indica que existem 44 milhões de influencers na categoria, 19 milhões de conectores, que falam com muitas pessoas sobre algum tipo de produto ou assunto, e 22 milhões de especialistas.