Jovens criativos de todo o Brasil apresentando projetos inovadores que atendem às demandas atuais da sociedade: essa é a Febrace. A 21ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia, promovida anualmente pela Escola Politécnica da USP (Poli) e realizada pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico (LSI-TEC), aconteceu até o dia 24 de março, no Centro de Pesquisa e Inovação da USP (Inova USP), no campus Cidade Universitária, em São Paulo.
A iniciativa estimula a cultura científica, a inovação e o empreendedorismo na educação básica e técnica, com o objetivo de despertar nos estudantes o interesse pela ciência e abrir portas para aqueles que desejam prosseguir no meio científico.
Com a volta do evento em formato presencial, após três anos on-line, os 225 projetos finalistas — desenvolvidos por 516 estudantes do ensino fundamental, médio e técnico de todo o Brasil — se destacaram pelo rigor científico e por soluções inovadoras para problemas recorrentes na sociedade. Na primeira etapa de seleção, 500 projetos semifinalistas foram escolhidos entre os 1.800 inscritos. Na etapa final e presencial da Febrace, nove dos 225 projetos serão selecionados para participar da maior competição internacional do gênero, a Regeneron Isef 2023, nos Estados Unidos (confira mais informações abaixo).
Os projetos estão expostos na plataforma virtual da Febrace neste link, onde é possível acessar o vídeo e o pôster de cada projeto e votar no preferido — os mais votados ganharão o prêmio de votação popular.
Projetos que apostam em sustentabilidade e acessibilidade
Todas as edições da Febrace trazem uma mostra diversa de projetos científicos e tecnológicos. Este ano, a feira contou com projetos finalistas que valorizam, principalmente, propostas de sustentabilidade, como, por exemplo, um sistema de coleta de água para combater a seca no sertão nordestino, e propostas de acessibilidade ligadas a pessoas com deficiência (PCD), como um aplicativo de suporte para mulheres autistas.
Entre os projetos de destaque da feira, também é possível encontrar um app que denuncia a violência contra a mulher com um simples toque, e até mesmo um novo exame que utiliza técnicas de inteligência artificial para diagnosticar precocemente doenças neurológicas, como a doença de Parkinson.
Para a professora Roseli de Deus Lopes, coordenadora da Febrace e professora associada do Departamento de Engenharia de Sistemas Eletrônicos da Poli, os projetos estão evoluindo e são essenciais para a resolução de problemas relevantes do mundo atual. “A cada ano a qualidade dos protótipos, relatórios e diários de bordo que eles desenvolvem fica melhor. Muitos protótipos já são funcionais e com um investimento pequeno eles podem virar produtos de verdade no mercado”, comenta.