Os cursos voltados para a formação de professores terão mais um ano para se adequar às novas diretrizes curriculares aprovadas pelo Ministério da Educação (MEC) em 2019. O prazo, que terminaria no final deste ano, foi estendido até o final de 2022, em parecer aprovado nesta quinta-feira (5) pelo Conselho Nacional de Educação (CNE).
Entre as mudanças que deverão acontecer estão uma formação mais longa e mais voltada para a prática. Os cursos passarão da atual duração de três para quatro anos, ou 3,2 mil horas. Dessas, 800 horas ou o equivalente a um quarto do curso, devem ser voltadas para a prática pedagógica. As medidas valem para todos os cursos em nível superior de licenciatura, destinados à formação inicial de professores para a educação básica.
Com a pandemia e a suspensão das aulas presenciais, tanto no ensino superior, quanto nas escolas, as instituições de ensino pediram mais tempo para fazer os ajustes curriculares.
“Essa ampliação no tempo de implementação da BNC da formação docente [Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica] vem atender às solicitações das universidades e entidades científicas em função do ambiente de fechamento das instituições provocado pela pandemia. Isso ficou muito claro durante as diversas audiências que realizamos junto a essas instituições”, diz o relator do parecer, o conselheiro Mozart Neves Ramos.
A formação dos futuros professores também terá um maior foco na chamada Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que define o mínimo que deverá ser aprendido pelos estudantes de todo o país no ensino infantil, fundamental e médio. A implementação da BNCC também está em curso nas escolas de todo o país. O parecer aprovado pelo CNE segue agora para homologação do MEC.
(* Fonte: Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil – Rio de Janeiro)