5 min de leitura

Nesta quinta-feira, 28 de abril, é celebrado o Dia Mundial da Educação. Para comemorar a data, o Escolas Exponenciais traz a história de 12 projetos pedagógicos que transformaram a realidade dos estudantes brasileiros.

Os professores, autores das propostas, são finalistas do Prêmio Professor Transformador, promovido pelo Instituto Significare, Base2Edu e pela Bett Educar. A iniciativa busca destacar projetos pedagógicos alinhados à BNCC (Base Nacional Comum Curricular), sejam de escolas públicas ou privadas de ensino básico.

A classificação final dos trabalhos desenvolvidos pelos educadores será anunciada durante a Bett Brasil, o maior evento de Educação e Tecnologia da América Latina, que ocorre de 10 a 13 de maio, em São Paulo (SP).

Além do reconhecimento nacional, os finalistas receberão prêmios em dinheiro e troféu. Conheça agora o nome dos professores, a região onde atuam e o trabalho inspirador desenvolvido por cada um deles:

 

Alessandra de Melo, Luziânia (GO)

A partir do projeto “O Carteiro Chegou”, Alessandra buscou estreitar os laços com a comunidade escolar durante o período de isolamento imposto pela pandemia. Sendo assim, as famílias buscavam na escola bilhetes, cartas e mensagens e liam para as crianças em casa, que escolhiam como gostariam de responder. Por serem alunos da educação infantil, os pequenos tinham a opção de desenhar a resposta ou ditar para o adulto responsável escrever.

Andrea Lange, Joaçaba (SC)

A presença de um aluno surdo em sala de aula foi a motivação para Andrea criar a proposta: “Eu e você: no nosso mundo, as nossas diferenças nos tornam iguais”. O intuito era valorizar a segunda língua oficial do Brasil, que é a Libras (Linguagem Brasileira de Sinais), promovendo a inclusão.

Valeria Mariano de Lima, Cubatão (SP)

Outra iniciativa surgiu na pandemia, foi o projeto “A Liga da Reciclagem”. A ideia de Valeria foi trabalhar as questões ambientais e encontrar novos significados para o lixo doméstico. De uma maneira divertida, as crianças da educação infantil aprenderam sobre a importância da reciclagem.

Carlos Henrique Patrício, Rio de Janeiro (RJ)

Assim que as escolas foram fechadas, como uma tentativa para conter o avanço do coronavírus, Patrício percebeu que seria necessário continuar presente na vida dos alunos. Sendo assim, ele teve a iniciativa de implantar a proposta “Escola Humanizada: Acolher, escutar e pertencer”. A partir disso, a escola realizou uma série de ações, como lives semanais e incentivo à leitura. Todas as atividades tinham o foco pedagógico e buscam ser acolhedoras e humanizadas.

 Eliane Babi Lohse, Paraná (PR)

O cuidado com a saúde coletiva norteou os trabalhos da professora Eliane. De olho no aumento dos casos de dengue no município, ela explicou sobre a doença aos alunos do ensino fundamental 1 e mobilizou toda a comunidade para atuar na prevenção. Com ações práticas, os estudantes tiveram a oportunidade de eliminar possíveis criadouros do mosquito. O projeto foi chamado de “Cadê o mosquito que estava aqui? O sapo comeu”.

Karina Letícia Júlio Pinto, Minas Gerais (MG)

Ao notar diversos conflitos entre os alunos, Karina resolveu criar a “Câmara Mirim 2019”. A intenção era que os estudantes discutissem sobre os diversos pontos de vista sobre um mesmo assunto. A partir dos debates, a educadora quis mostrar que era possível ser mais tolerante quando alguém tem um pensamento diferente sobre determinada temática.

Celiana Mota Rodrigues, Distrito Federal (DF)

O intuito de Celiana era incentivar o protagonismo estudantil, despertando o senso crítico e a capacidade de argumentação dos alunos. Surgiu, então, o “Projeto Desiderata”, que contemplava rodas de conversas, exposição de vídeos, produção de texto e leituras.

Luciano Sanches Teixeira, Tocantins (TO)

“Shogi na escola”. Esse foi o tema abordado por Teixeira, que implantou na instituição de ensino a prática do Shogi, também conhecido como xadrez japonês. A sugestão foi dos próprios alunos, que gostavam de animes e cultura asiática. Nas aulas, o educador estabeleceu novos desafios com o jogo: aprender, ajudar, desenvolver e evoluir.

Wagner Severgnini, Santa Catarina (SC)

Para despertar a empatia e a consciência social, o docente elaborou o projeto “Aquecendo Corações”, que consistia em produzir sopas e oferecer para a comunidade mais necessitada. Ao todo, 80 famílias foram impactadas pela ação, que foi toda gerenciada pelos estudantes, desde a produção, até o armazenamento e distribuição.

Adilson Pontes da Silva, Pernambuco (PE)

Professor do ensino médio, Silva planejou aproveitar as verduras e os legumes que são descartados nas feiras livres. Então, ele criou a iniciativa “As verduras e legumes aproveitáveis e o extrato que dá gosto”. Por meio de pesquisas científicas, os adolescentes foram estimulados a encontrar soluções para o desperdício dos alimentos.

Marcelo Luiz de Souza, Rio de Janeiro (RJ)

“Práticas corporais dos povos indígenas: corpo – cultura – inclusão – cidadania”. Essa foi a temática sugerida pelo educador aos estudantes do ensino médio. Seu objetivo era que os alunos ampliassem o conhecimento sobre cultura e sociedade.

Renato Nunes Ramalho, Paraíba (PB)

Foi pensando em transformar o ambiente escolar em um espaço de inovação, com foco na sustentabilidade, que o professor Ramalho desenvolveu o projeto “Reaproveitamento das águas pluviais e cinzas nas escolas do semiárido paraibano”. O resultado foi uma ampla conscientização em prol da cultura do cuidado ambiente dentro da instituição de ensino.