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“Sua escola é (anti)racista?”. Essa é a pergunta que a pesquisa, uma iniciativa da Quero na Escola, tem convidado professores e estudantes brasileiros a responderem.  O projeto abriu uma consulta pública para que as comunidades escolares de todo o país possam compartilhar suas percepções sobre o cumprimento da legislação antirracista nas instituições de ensino.

Neste ano, a Lei 10.639, que tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira nas escolas, completa 20 anos. Entretanto, apesar de diversas iniciativas antirracista terem sido difundidas nestas duas décadas, o intuito da ação é descobrir se foram suficientes para combater o racismo estrutural nas escolas.

Podem participar estudantes das séries finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Já os educadores precisar atuar no Ensino Fundamental e Médio e trabalhar como professores, gestores ou em posições de apoio.   

Como participar da pesquisa que mapeia o cumprimento da lei antirracista?

A pesquisa está disponível no site. Já as perguntas se dividem em três etapas: a primeira é sobre o racismo que percebem, depois sobre os conteúdos étnico-raciais que foram incorporados e, por fim, se precisam de ajuda para implementar mais ações antirracista.

 Sobre o projeto

A iniciativa, da Quero na Escola, surgiu após ataques racistas registrados em escolas brasileiras. “Dedicamos os últimos meses de 2022 a estudar como poderíamos contribuir com o tema. Constatamos que há muitos materiais disponíveis sobre o assunto, inclusive de forma gratuita e em formatos variados, mas não sabemos o quanto eles chegam a quem deveria e como nós podemos ajudar”, comenta a superintendente da ONG, Cinthia Rodrigues.

A profissional explica que as demandas apontadas na pesquisa serão respondidas com formação, materiais e mesmo apoio de profissionais e movimentos sociais próximos a cada escola. 

“Acompanho o trabalho da Quero na Escola há alguns anos como voluntária e conheço o impacto que as atividades extracurriculares realizadas têm para os alunos. Então quando recebemos o convite para apoiar o projeto, aderimos na hora. A luta contra o racismo é a principal bandeira da editora e estamos sempre prontas a apoiar esse tipo de iniciativa”, diz Lizandra Magon, fundadora e diretora editorial da Jandaíra, que é apoiadora da iniciativa.

A ação conta ainda com a colaboração de Porvir, Grupo Mulheres do Brasil, União dos Estudantes Secundaristas de São Paulo e União Estudantil de Fortaleza.