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Mesmo com os desafios impostos pela pandemia e além de todas as adversidades existentes no ambiente educacional, uma pesquisa revela que cerca de 60% dos professores não consideram mudar de área.

O levantamento foi realizado pelo Estudo OPEE 2022 – Educadores Brasileiros, que contou com 1505 respondentes da área pública e privada de todas as regiões do país. O projeto teve como objetivo diagnosticar o cenário pedagógico e escolar brasileiro nos últimos 12 meses.

De acordo com o estudo, apenas 6% dos entrevistados pensam diariamente em mudar de área profissional.

“A pesquisa mostrou que a profissão do educador é movida por paixão. Estudos revelam que o propósito é o ápice da humanidade. Por exemplo, um professor que tem um propósito de fazer uma transformação social não fica se perguntando por que os alunos não aprendem melhor. Ele ou ela cria perguntas inteligentes, eficazes, focadas em soluções e caminhos para fazer a diferença e transformar este contexto”, destaca Leo Fraiman, autor da metodologia OPEE, ao explicar tais índices de satisfação.

Uma outra pesquisa, realizada pelo Escolas Exponenciais, mostra que 67% dos professores afirmam ter estabilidade profissional.

 

Entre os que não pensam em mudar de área, o que é uma escola ideal?

Para os educadores, a aprendizagem socioemocional e a parceria com as famílias lideram o ranking de atributos para uma escola ideal.

“Estudei profundamente o impacto da aliança entre a família e a escola enquanto seus efeitos no andamento e no rendimento escolar. O andamento escolar diz respeito ao engajamento, disciplina, envolvimento, atenção e presença em sala de aula, enquanto o rendimento refere-se às notas e àquilo que o aluno aprende de fato. Esse par de fatores está totalmente conectado ao encontro entre família e instituição de ensino, para que o educando receba uma boa dose de confiança, orientação, motivação e direção para o seu pleno desenvolvimento”, acrescenta Fraiman.

 

Saiba mais sobre a pesquisa

O Estudo OPEE 2022 – Educadores Brasileiros foi conduzido com 1505 profissionais de educação atuantes nas áreas pública e privada, com idade entre 24 e 65 anos, das cinco regiões do país. A maioria é do gênero feminino (87,57%).

Os profissionais que participaram atuam, majoritariamente, em escolas com até 300 alunos (36,61% deles) e em instituições com 301 a 700 estudantes (34,09%) – sendo que uma considerável parcela vem do Ensino Fundamental, seguida por Educação Infantil, Ensino Médio e Superior.