Os professores foram considerados heróis durante o isolamento social. Afinal, eles precisaram se reinventar de um dia para o outro para realizar as aulas remotamente. Mais do que isso, também precisaram encontrar maneiras atrativas para manter o engajamento e despertar o interesse dos alunos durante este período.
Entretanto, assim como os estudantes têm enfrentado dificuldades quanto às questões emocionais, também não tem sido fácil para muitos docentes. Uma pesquisa do Nova Escola mostra que 72% dos educadores tiveram a saúde mental afetada e precisaram buscar apoio durante a pandemia. O levantamento ouviu 9557 profissionais.
Mesmo com o cenário pandêmico mais otimista, especialistas afirmam que é necessário que as instituições de ensino também ofereçam apoio emocional aos professores.
De acordo com Taís e a Roberta Bento, que são educadoras, especialistas na relação família e escola e fundadoras do SOS Educação, esse olhar atento aos docentes é necessário até mesmo para melhorar o processo de ensino e aprendizagem.
“Enquanto os profissionais da educação não tiverem o cuidado necessário para retomar o próprio equilíbrio emocional, nossas crianças seguirão sofrendo não só com as lacunas de aprendizagem que ficaram, mas principalmente com os desafios de encontrar prazer em atividades que são parte do dia a dia, entre elas, estudar, aprender, conviver”, ressaltam.
Para isso, é fundamental que as instituições de ensino deem suporte para que os educadores possam se “reencontrar” e ofereçam os recursos necessários para que eles possam cumprir o papel na educação das crianças e adolescentes.
Gestão também precisa focar no cuidado com professores
“Os professores precisam desesperadamente de ajuda para que possam retomar o equilíbrio emocional e psicológico, tão corrompido pelos desafios que a pandemia trouxe”, afirmam Taís e Roberta.
As profissionais recomendam aos gestores o planejamento de estratégias possam amenizar a exaustão e angústia que os docentes estão sentindo desde que teve início a pandemia da Covid-19. Para isso, é preciso focar na empatia e fazer ajustes na rotina de trabalho.
“Considerar o professor como um ser humano, com todo o peso que cuidar dos próprios alunos, enquanto viviam também seu próprio luto, perdas, medos e incertezas sendo reconhecido é um ótimo começo”, pontuam.
Pode ser uma boa saúde tornar os ambientes da escola mais claros, alegres e arejados. “Pode ajudar nessa retomada, que ainda vai levar tempo”, finalizam.
Escolas Exponenciais recomenda
Saúde mental de alunos e professores no pós-pandemia preocupa especialistas