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A Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), promovida pela Escola Politécnica (Poli) da USP e pelo Laboratório de Sistemas Integráveis Tecnológico, lançou a série Jovens Transformadores. São oito episódios de podcast contando a história de estudantes que, através de projetos de pesquisa científica e tecnológica, criaram soluções inovadoras para problemas de suas comunidades, cidades e países.

É o caso de Ygor Requenha Romano, estudante de uma escola pública de Rondônia que, com 18 anos, uniu-se ao zelador da instituição para solucionar a falta de água potável com que sofriam as populações ribeirinhas locais. Ele desenvolveu uma máquina de tratamento de água movida a energia solar, que custa apenas mil reais e atende até cinquenta pessoas.

Outro exemplo é Ana Clara Cassanti, hoje professora na Universidade Livre de Amsterdã, na Holanda. Aos 17 anos, a paulista fundou a Associação Brasileira de Incentivo à Ciência (Abric), Organização Não Governamental que visa a incentivar o envolvimento de jovens com a ciência e democratizar seu acesso.

Para a coordenadora-geral da Febrace, a professora Roseli de Deus Lopes, essas histórias evidenciam o poder transformador da educação e do conhecimento científico: “A série mostra que o conhecimento científico não é privilégio de poucos. Vemos isso nas feiras de ciências, que reúnem centenas de estudantes e docentes engajados na transformação da realidade, e agora todos podem perceber isso escutando seus relatos.

Incentivo ao conhecimento científico

Segundo levantamento do Instituto Nacional de Comunicação Pública da Ciência e Tecnologia (INCT-CPCT), grande parte dos jovens (67%) se interessa por ciência e tecnologia, mas poucos conhecem os mecanismos e as possibilidades da produção científica no Brasil. Apenas 26% disseram pesquisar sobre o tema com frequência e somente 12% souberam citar o nome de instituições nacionais dedicadas à pesquisa.

O distanciamento do jovem da ciência, de suas áreas e aplicações evidencia a necessidade de incentivar sua participação. Para Lopes, chamar atenção para projetos científicos e seus resultados diretos na comunidade pode ser útil para reverter este cenário: “Conhecer as histórias de quem mudou sua vida com a ciência pode mostrar caminhos muito interessantes, que não tinham sido cogitados antes e têm o potencial de transformar a realidade e futuro do aluno e sua comunidade.”

Clique nos players abaixo e confira os três primeiros episódios:

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Mentes Criativas, Soluções Inovadoras

Com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a série Jovens Transformadores é a segunda parte do programa Mentes Criativas, Soluções Inovadoras, que relata a trajetória e experiências de estudantes que passaram pela Febrace.

Disponibilizados às terças-feiras, os episódios são divulgados pelo site da FebraceFacebook e Instagram e estão disponíveis nas principais plataformas de podcast no canal Febrace Inspiradores. Lá, também pode ser conferida a primeira série do programa, Mulheres na Ciência, que conta com oito episódios sobre o envolvimento feminino com ciência e tecnologia.

Para acompanhar todos os episódios pelo Spotify clique aqui.

 

Texto: Assessoria de Comunicação da Febrace