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O uso de tecnologias no Novo Ensino Médio proporciona aos alunos uma nova forma de aprender e, aos professores, uma maneira inovadora para ensinar. Enquanto os estudantes têm a possibilidade de vivenciar uma educação mais personalizada, os docentes ganham mais flexibilidade na sala de aula.

Essas constatações são feitas por Márcia Carvalho, diretora de projetos e produtos da Santillana Educação. Em entrevista exclusiva ao Escolas Exponenciais, a profissional afirma que os novos recursos tecnológicos contribuem para tornar a aprendizagem mais significativa para os alunos e explicou ainda  sobre o uso de tecnologias no Projeto de Vida. Confira!

 

Escolas Exponenciais: O Novo Ensino Médio busca colocar o aluno no centro da aprendizagem, tornando-o protagonista do seu conhecimento. Como o uso de tecnologias no Novo Ensino Médio podem auxiliar esse processo?

Márcia Carvalho: Colocar o jovem no centro da aprendizagem significa que ele desempenhará um papel ativo na sua educação, sendo estimulado constantemente para desenvolver o aprendizado, o jovem passa a assumir o papel de estudante, ao invés de aluno e o educador assume o papel de mentor.

O uso das ferramentas tecnológicas permite aos jovens e educadores, uma nova forma de ensinar e aprender. Do ponto de vista do professor, mais flexibilidade permitindo o uso de várias linguagens. Já sob a ótica do aluno, o respeito ao seu jeito e ritmo de aprender de forma personalizada.

Os ambientes passam a ser locais pessoais de aprendizagem. Com isso, os recursos ajudam os professores a transformarem suas aulas, instigando cada vez mais os alunos a buscarem o conhecimento, oferecendo momentos mais dinâmicos e atrativos, aulas menos expositivas e, também, com maior participação e interesse deles.

EX: Na sua opinião, como os novos recursos tecnológicos contribuem para tornar o processo de aprendizagem mais significativo para os alunos?

Márcia Carvalho: A tecnologia já é uma realidade em nossas vidas em diferentes aspectos, seja para se comunicar, aprender ou se alimentar. Na educação percebo que ela tem muito para agregar no processo, pois beneficia os jovens e gestores, trazendo ferramentas que otimizam processos mais complexos como os de avaliação e permitindo novas formas de ensinar e aprender.

O jovem passa a ter o horizonte ampliado, os educadores e gestores, mais recursos, contribuindo para o processo ser mais dinâmico, inovador e eficiente, despertando o melhor de cada ator.

EX: Para os alunos do ensino médio, é possível também incluir o uso de tecnologias no projeto de vida?

Márcia Carvalho: O projeto de vida é um componente curricular obrigatório no Novo Ensino Médio, que leva em conta a escolha do aluno, cada um escolhe um caminho, portanto a tecnologia é perfeita, pois permite flexibilidade e personalização a partir da escolha do aluno.

Na Santillana Educação, temos uma novidade que é a plataforma Edusfera, uma ferramenta totalmente digital desenvolvida para a partir do Ensino Médio. O conteúdo foi desenvolvido com base nas diretrizes do Novo Ensino Médio e de seu pilar de Projeto de Vida.

Além de conferir o conteúdo obrigatório a partir de trilhas, o estudante também poderá realizar testes para descobrir os temas que tem mais afinidade e, assim, vislumbrar as áreas de conhecimento que podem ser boas opções para seguir sua jornada.

A plataforma configura um ambiente de aprendizagem personalizado para jovens, educadores e gestores, com inteligência artificial, reconhece os objetivos do aluno e indica o caminho de cada um.

EX: Muito se tem falado sobre educação do futuro. Para você, quais as principais tendências e o que podemos esperar para os próximos anos?

Márcia Carvalho: O futuro é hoje. A pandemia acelerou muito o processo, todos os atores da educação tiveram que avançar no processo de transformação! Portanto, já estamos vivenciando o futuro com: uso da tecnologia como ambientes de aprendizagem adaptativos, gamificação e softwares; ensino híbrido; personalização da aprendizagem; exercício do diálogo e escuta; desenvolvimento de habilidades socioemocionais; maior autonomia dos alunos.