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O Dia Nacional do Livro é comemorado anualmente em 29 de outubro. A data foi criada em 1810 em homenagem à fundação da primeira biblioteca brasileira, a Real Biblioteca, no Rio de Janeiro, na época capital do país. Desde então, os livros encantam gerações com histórias, informações, curiosidades, tornando-se uma fonte inesgotável de conhecimento. 

Não por acaso, crianças e adolescentes se sentem atraídos em escrever um livro, em colocar no papel histórias que criam no campo da imaginação, rimas que se tornam poesias e por aí vai. Professora há 35 anos e especialista em alfabetização, Mara Mansani afirma que o aluno, ao escrever um livro, explora diferentes habilidades que vão além da leitura, escrita e oralidade.

“Escrever é uma ótima oportunidade e experiência para a expressão de sentimentos, ideias e emoções, o que leva ao desenvolvimento das competências socioemocionais e a construção e consolidação de saberes tão necessários ao crescimento pleno e integral das crianças”, diz Mara, integrante da equipe de educação da Estante Mágica, um projeto social que transforma crianças em autores, gerando mais interesse pelo mundo literário e também auxiliando no desenvolvimento da criatividade e da independência.

Por ser uma metodologia ativa, a dinâmica de criação de um livro faz o aluno se empoderar de seu próprio aprendizado, garantir mais autonomia e confiança, afirmam Ramin Shams e Andréa Pitoli, CEO e diretora executiva, respectivamente, do Grupo School Picture, que lançou, em 2020, a Ciranda de Livro, plataforma pedagógica que permite aos estudantes transformarem suas histórias em livros. De acordo com ambos, o estímulo natural à leitura e à escrita, facilitam ainda o letramento, alfabetização e interpretação de texto.

 

Para celebrar o Dia Nacional do Livro, conheça os benefícios de os alunos se tornarem autores

Ao escrever e ilustrar o próprio livro, o aluno tem a chance de expressar seus sentimentos através da criatividade e colocar todo seu conhecimento em prática. “Do começo ao fim, o processo de criação de um livro envolve também organização, planejamento e pesquisa, levando ao desenvolvimento de um maior senso crítico, preparando realmente para os desafios futuros”, enfatizam Ramin Shams e Andréa Pitoli.

Segundo Mara Mansani, na escrita autoral, os alunos são protagonistas no processo de construção do conhecimento, pois têm a oportunidade de participar de muitas atividades em experiências ativas e colaborativas. 

Entre elas, leituras, escritas, oralidade, reflexão sobre a língua, debater e se expressar em temas significativos, acesso a referências culturais de qualidade, exercitar a criatividade e a autonomia, interagir entre seus pares e desenvolver a autoestima, o que se traduz no desenvolvimento de habilidades previstas no currículo. 

“Todos esses elementos impactam o processo de ensino e aprendizagem, o que leva a reflexão e melhor qualidade das práticas do professor e a construção e consolidação do conhecimento pelos alunos”, afirma. 

Na Estante Mágica, além disso tudo, destaca Mara, o diferencial está no aplicativo Magic Land, onde as crianças podem transportar para um game as histórias de seus livros, em ambiente seguro, se apropriando da linguagem tecnológica e computacional de forma simples, o que estimula e motiva a aprender.

 

Atividade dia do livro: como comemorar a data?

Confira a lista que preparamos para sua escola poder celebrar o Dia Nacional do Livro com os alunos:

– Rodas de conversa com temas significativos às crianças, como empatia, colaboração, combate ao racismo, entre outros.

– Rodas de leitura para despertar o gosto e apreciação da leitura, para se divertir e desenvolver o comportamento leitor e escritor.

– Rodas de conversa sobre livros, narrativas e personagens preferidos.

– Brincadeiras, jogos e outras propostas lúdicas que envolvam as práticas de linguagem.

– Produções coletivas e colaborativas com apoio dos recursos digitais, para acesso e produção de podcast, murais, jogos, entre outros.

– Conhecer mais sobre autores infantis da sua região e promover contação de histórias.

– Feira de troca de livros com os amigos.

– Doação de livros a instituições carentes.

 

Um pouco de história no Dia Nacional do Livro

Que tal aproveitar o Dia Nacional do Livro para abordar uma curiosidade sobre os livros que poucos conhecem? Você sabia que, inicialmente, eles eram bem diferentes do que são hoje?

Na Antiguidade, os livros eram feitos de outro modo. Os primeiros registros gráficos foram feitos em papiro, uma espécie de lâmina retirada do caule de uma planta de mesmo nome e que possibilitava a escrita. 

Com o passar do tempo, os rolos de papiro foram substituídos pelo pergaminho, feito de pele animal e que tinha mais resistência. O papel só chegou na Idade Média e os livros, ainda escritos a mãos, começaram a substituir os pergaminhos.

Por volta de 1455, o alemão Johannes Gutenberg revolucionou a história da escrita ao criar uma técnica de prensa com uma impressora que reproduzia letras e símbolos com relevo esculpidos em metal. O processo espalhou-se rapidamente pela Europa e, logo, pelo mundo. No Brasil, o primeiro livro impresso foi Marília de Dirceu, do autor Tomás Antônio Gonzaga, em 1810. 

 

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