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  • “Nunca valorizei tanto os professores dos meus filhos!”
  • ”Eu amo os professores das crianças; queria que eles morassem aqui em casa!”
  • “Não vejo a hora de a escola do meu filho reabrir!”
  • “Nunca imaginei que a escola fosse tão maravilhosa!”

Com os filhos em casa, em tempo integral, desde o fechamento das escolas por causa da pandemia do coronavírus, em meados de março, mães e pais não se cansam de dizer o quanto têm valorizado os professores de seus filhos. Ensinar dá trabalho, fazer lição cansa, gasta-se tempo e energia. Sem falar que exige conhecimento, didática e muita paciência.

Para incentivar ainda mais a valorização dos educadores brasileiros, foi lançado segunda-feira, 20 de abril, o movimento #EmpatiaPorQuemEduca.

A campanha foi criada pela Reconectta, assessoria para projetos ligados à sustentabilidade em escolas, em São Paulo. A empresa presta assessoria para mais de 200 projetos na Grande São Paulo, sempre norteados pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (ODS). 

“A nossa ideia é fazer com que os educadores se sintam acolhidos e valorizados em um momento de tantos desafios profissionais e que os remetentes sintam a importância de serem protagonistas de um movimento de empatia,” diz Douglas Giglioti, sócio fundador e diretor de operações da Reconectta.

Tempos de muita empatia

Empatia é a habilidade de se imaginar no lugar de outra pessoa. É a nossa capacidade psicológica de sentir o que o outro sente, nos imaginar na “pele” do outro, caso estivéssemos na mesma situação.

Quando sentimos o que o outro sente, despertamos nosso lado mais altruísta, nosso lado menos egoísta. E esse momento de crise sanitária pede muita empatia. Empatia com quem não tem uma casa com a infraestrutura para fazer o isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde, empatia com quem está sem dinheiro para comer, empatia com os profissionais de saúde na linha de frente da pandemia, empatia com os professores, que estão dando o máximo para manter crianças e jovens estudando, apesar do fechamento das escolas.

“Muitas vezes a gente se esquece do ser humano que esta por trás do educador, daquele profissional que está tendo que se reinventar, virar videomaker, especialista em lives, chats, … , tudo isso além do seu papel original de construir conhecimento com seus alunos. Empatia é a base para construirmos uma sociedade melhor e por isso empatia por quem educa é crucial nesta nova era”, diz Douglas.

 

Os professores

Os professores estão vivendo um momento totalmente novo em suas vidas. De uma hora para a outra, tiveram que se adaptar para seguir dando suas aulas de forma remota, de dentro de suas casas, muitas vezes sem a infraestrutura ideal. Muitos tiveram que aprender do zero a usar a tecnologia para o estudo remoto emergencial. Quem já sabia um pouco de TI, precisou saber mais, buscar as melhores ferramentas digitais, as melhores plataformas. Aprender a dominar Teams, Zoom, Google for Education, Classroom … Quem nunca tinha feito uma vídeo transmissão teve que romper a barreira não só tecnológica, mas psicológica, a timidez do online … Tudo isso em um momento de grandes incertezas, inseguranças, mudança de rotina doméstica, …  Imagina que muitos professores também têm filhos em casa…

“Muitos professores estão se sentindo sobrecarregados, esgotados, ansiosos e confusos. Então nós pensamos em criar algo para homenageá-los, para mostrar nossa gratidão. Segundo uma pesquisa que fizemos, muitos professores expressaram sentimentos negativos, por conta da pressão da situação, eles estão emocionalmente esgotados com toda essa transformação do ensino presencial para virtual, de uma hora para a outra. Ao mesmo tempo, nos surpreendemos com relatos de outros que estão se sentindo motivados pelos desafios enfrentados e com a possibilidade de se reinventarem, sob qualquer perspectiva, precisamos valorizar e acolher esses profissionais”, diz Douglas.

Como participar do movimento #empatiaporquemeduca?

Participar dessa corrente de gentileza é bem fácil e importante, para reconhecer publicamente a importância dos profissionais ligados à educação. Um gesto simples pode gerar muito impacto positivo.

Quem quiser participar deve enviar uma mensagem inbox para o @EmpatiaPorQuemEduca. Pode ser via Facebook ou Instagram. A mensagem deve conter seu agradecimento/homenagem a um professor escolhido em formato de vídeo, foto ou texto.

Todo o material enviado vai ser postado no feed do @EmpatiaPorQuemEduca, que vai marcar o nome da pessoa que fez a homenagem e o nome do homenageado. Dessa forma, todos os envolvidos ficarão sabendo da publicação e poderão repostar a postagem em suas redes, tornando o impacto da campanha ainda maior.

“A nossa ideia é criar um grande quadro de demonstrações e de reconhecimentos públicos para os professores, e que isso vire uma corrente, uma rede de gentileza, de gratidão, ” diz Douglas Giglioti.

Douglas conta que neste período de pandemia sanitária, ele e a equipe da Reconeccta têm se comunicado com bastante frequência com as escolas e que muitos professores têm se mostrado assoberbados com a imensa quantidade de conteúdo que estão tendo que administrar.

O perfil @EmpatiaPorQuemEduca ainda vai dar dicas de materiais e conteúdos para serem usados por professores.

“A gente ainda não sabe qual vai ser a resposta desta campanha, está tudo sendo feito muito organicamente. Nós sentimos que não era hora de esperar, era hora de lançar logo este movimento colaborativo que vai sendo moldado à medida que vai acontecendo. Mas a gente espera que isso chegue ao Brasil todo e que os professores se sintam acolhidos e cuidados”, completa Douglas.

“Essa pandemia do coronavírus está mostrando o melhor e o pior da nossa sociedade, mas, como eu sou sempre muito otimista, eu acho que tudo isso vai nos levar a um lugar melhor e a empatia tem que ser a raiz dessa mudança na nossa sociedade. Empatia é a base de uma sociedade melhor”, finaliza Douglas Giglioti. 

Vamos postar? #EmpatiaPorQuemEduca