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O ser humano, por ser um animal social, tem milhares de anos de experiência em relacionamentos. A partir do nascimento, iniciamos a nossa jornada de convivência com os pais e irmãos e não paramos mais ao longo da vida.

Mesmo assim, temos muita dificuldade em viver em sociedade pelo fato de cada pessoa possuir uma personalidade, cultura, vivências e valores diferentes. Sempre que trocamos energia social agradável liberamos oxitocina, o hormônio do amor que proporciona a sensação de prazer, acolhimento e proteção.

Passamos mais tempo com os nossos colegas de trabalho do que com os familiares, por isso cada pessoa deve cuidar das suas relações interpessoais para que se forme uma teia de atitudes positivas.

Seguem algumas práticas e esclarecimentos que tornarão a convivência com seus colegas da escola mais agradável e sincera.

Teoria da recompensa – Frederic Skinner, renomado psicólogo americano, por meio de pesquisas, constatou que animais recompensados por bom comportamento aprendem mais rápido do que quando são castigados. Isto se aplica também ao homem, pois as críticas não operam mudanças duradouras e ainda geram ressentimento.

A depreciação e o julgamento são conduzidos para uma estrutura do cérebro denominada hipotálamo que, entre muitas funções, atua no controle das emoções mais primitivas. Uma delas é o sistema de autopreservação, que rechaça a crítica e repassa ao córtex apenas o ressentimento.

Temos que lembrar que não somos criaturas lógicas. Os seres humanos são animais emotivos, com orgulho e vaidade. Por isso, tome muito cuidado com as palavras e, caso perca o controle, peça desculpa.

Teoria do convencimento – Segundo o escritor Dale Carnegie, somente conseguimos que um professor ou aluno faça algo se ele realmente quiser. O professor tem que descobrir o desejo que faz um aluno se aplicar. Pode ser simplesmente passar de ano, entrar na faculdade ou arrumar um bom emprego. Descubra o que ele quer e obtenha o resultado esperado. Para persuadir alguém, faça a pergunta: “Como poderei fazer com que ele queira isso?”.

Teoria da importância – Um dos principais pilares da psicanálise freudiana é a importância de se sentir prestigiado. Antes de fazer um pedido, diga o motivo pelo qual você precisa da ajuda alheia, pode ser pela capacidade, pelo conhecimento, pela habilidade, pelo comprometimento…

Terapia do sorriso – Existe um sábio provérbio chinês que diz mais ou menos o seguinte: “Um homem sem uma fisionomia sorridente não deve abrir um comércio”.

O sorriso é um dos sinais de comunicação com sentido universal: ele expressa alegria, felicidade, afeição e gentileza. O sorrir é um automatismo dos músculos da face que ocorre em resposta a determinados estados mentais, mas ele pode ser usado para transmitir informação. Em suas variadas formas, o sorriso aparece em todas as culturas humanas, em todas as épocas.

Algumas teorias foram propostas para explicar a origem do riso. John J. Ohala, professor de Linguística da Universidade da Califórnia, em Berkeley, sustenta que o nosso sorriso descende diretamente do reino animal. Para ele, os animais usam o sorriso não por sua aparência, mas pelo seu som.

Com o sorriso, o animal pode modificar o som do seu grito. Ou seja, ao puxar para trás os cantos da boca e exibir os dentes, alguns animais são capazes de emitir um ganido ou um uivo de diapasão mais alto do que o som que normalmente produzem. Essa manobra pretende fazer um animal maior perceber que ele não é um inimigo em potencial, transmitindo a mensagem: “sou pequeno e indefeso e não represento nenhuma ameaça a você, deixe-me em paz”. Assim, de acordo com esta teoria, o grito que acompanha o sorriso indica apaziguamento e submissão, não hostilidade.

Em algumas espécies, como acontece com a nossa, tal sinal evoluiu até ganhar uma expressão apenas visual.

Iniciar e finalizar a aula com um sorriso no rosto mostra que o professor tem vínculos afetivos com os alunos e está feliz em estar com eles.

Empatia – Jesus resumiu os processos empáticos com a frase: “Faça aos outros o que você gostaria que fizessem com você”. Em caso de dúvida, se coloque no lugar da pessoa e imagine a sensação ou consequência.

Etiqueta social – Parece óbvio, mas algumas frases estão cada vez mais em desuso. “Desculpe incomodar, por favor e obrigado” são pequenas cortesias que deixam o dia mais leve, fortalecem os vínculos sociais e são marcas de uma boa educação.

Cuidar das nossas relações dá muito trabalho, por isso nos afastamos inconscientemente. Mas quem se esforça em conviver bem terá o retorno garantido.

 

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Colunista Christian Coelho
Coluna por

Christian Rocha Coelho

Especialista em gestão, comunicação, marketing e andragogia com 25 anos de experiência no mercado educacional – CEO do Grupo Rabbit e Presidente da Rabbit Partnership, a maior consultoria educacional da América Latina. Autor do livro “Como fazer a sua Escola Crescer” e co-autor do livro “O Efeito COVID-19 e a transformação da Comunidade Escolar”.