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Manter uma alimentação saudável ainda na infância é fundamental para a prevenção de doenças na vida adulta e, também, para a construção de hábitos saudáveis. “Quando o início de uma história é baseado em variedades alimentares, que respeitam cada individualidade bioquímica, com qualidade para potenciar a melhor digestão e absorção e em sábias quantidades, cria-se uma base sólida, tanto para um desenvolvimento de todos os sistemas na infância, quanto para prevenção de doenças. Também potencializa-se uma futura aceitação de alimentos realmente importantes para a manutenção do corpo e mente, com vitalidade e longevidade”, pontua a nutricionista Mariana Moretti Barbosa

Porém, mais do que isso, proporcionar para as crianças uma nutrição adequada, equilibrada e diversificada é essencial para o bom rendimento escolar. Segundo a nutricionista Naoami Lowise Afinovicz Santos, alguns estudos revelam que uma alimentação saudável interfere positivamente na compreensão, raciocínio e memorização dos alunos. “Por isso, é muito importante que as escolas estejam preocupadas com a qualidade da alimentação ofertada aos alunos”, pontua. 

 

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A nutricionista Orkanda Marques corrobora com a argumentação de que uma má alimentação prejudica o desempenho escolar. “Os alimentos são o nosso combustível, o que nos mantém vivos, saudáveis e funcionais. Com as crianças não é diferente”. Ela explica que, durante a fase escolar, a demanda de alimentos de qualidade é muito importante, pois o cérebro é o nosso órgão que mais demanda um fornecimento ideal de energia. Sendo assim, quando a criança não se alimenta de uma forma equilibrada e variada, a sua capacidade de raciocínio e aprendizagem ficam comprometidos.

Devido a importância da alimentação escolar, em 1983, foi criado o PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). De assistência financeira suplementar, o programa tem como missão garantir ao menos uma refeição diária aos alunos, assim entende-se que seria possível suprir parcialmente as necessidades nutricionais dos estudantes durante o período escolar. O objetivo central é justamente melhorar as condições fisiológicas das crianças e adolescentes, além de promover a educação nutricional dentro das instituições de ensino.

 

Preocupação como diferencial

De vital importância para uma vida saudável, tanto física quanto neurológica, quando a alimentação escolar é planejada para atender as necessidades nutricionais dos alunos, a instituição passa a ser reconhecida até mesmo por apresentar esse diferencial. “Muitos pais não têm tempo para preparar uma refeição saudável e as crianças passam a maior parte do dia na escola, onde realizam suas refeições. Sendo assim, é de suma importância que a escola tenha participação ativa na qualidade da alimentação e observe as particularidades dos alunos, como recusa de verduras e frutas, distúrbios alimentares e obesidade, para que assim possam, em conjunto com os pais, tomar decisões que auxiliem na melhora do quadro clínico do aluno”, acredita Naoami.

Durante as visitas para conhecerem as escolas, Orkanda ainda lembra que, além de questionarem sobre a pedagogia e os espaços físicos, é cada vez mais comum os pais perguntarem para os gestores sobre o cardápio, horário e local das refeições. “Para os alunos, a educação nutricional dentro do ambiente escolar é uma grande fomentadora de bons hábitos alimentares que, muitas vezes, são levados para dentro de casa”, completa.

 

Educação alimentar: como implementar

A nutricionista Mariana Moretti Barbosa acredita que quanto mais os pais valorizarem uma boa alimentação escolar, mais as instituições de ensino investirão na qualidade das refeições.  “Uma estrutura escolar realmente sábia, que preza pelo melhor aprendizado e o melhor rendimento de cada aluno, preza pela saúde física e intelectual. Se é o alimento, através de seus micronutrientes, macronutrientes, ômegas e fitoquímicos, é capaz de proporcionar energia vital”, diz a profissional, argumentando que a escola que oferece refeições de qualidade realmente agrega um grande diferencial à estrutura.

Assim, conforme reforçam as nutricionistas, uma escola preocupada em possibilitar boas práticas de educação alimentar, deve primeiramente repensar na qualidade dos produtos e do cardápio ofertado aos estudantes.

“Deve-se evitar ao máximo embutidos, frituras e ultra processados. É importante que a escola tenha conhecimento da legislação específica da região em que está localizada, pois nela constará os produtos que tem comercialização proibida na cantina, tais como: refrigerantes, sucos artificiais, chocolates, balas e gomas de mascar”, recomenda Noemi.

 

Por onde começar uma boa alimentação escolar?

A profissional ainda sugere a contratação de um profissional especializado para preparar as refeições. “A escola deve contar com um nutricionista para identificar as dificuldades alimentares e preparar aulas de educação nutricional, de acordo com a faixa etária do aluno”, explica.

Para Mariana, o primeiro passo para uma escola que deseja oferecer mais qualidade nutricional aos alunos é apostar na informação e conscientização. “Isso é o início de tudo. Saber alimentar nosso corpo com sabedoria é realmente um diferencial para longevidade, e o quanto antes começarmos melhor, seja através de palestras informativas, práticas culinárias ou com o contato direto com a terra. Tudo isso é fundamental”, enfatiza.

Porém, a nutricionista Orkanda Marques alerta: “A melhor dica que posso dar é: traga a família para a escola e envolva ela nesse processo de educação nutricional”.

Como e por que os pais devem acompanhar a alimentação escolar?

Mas, enfim, porque é importante os pais e responsáveis pela criança participarem do processo de educação escolar nutricional? “Sendo a escola um padrão e uma referência da promoção de bons hábitos e fornecedora de alimentos saudáveis, a chance dos pais tentarem replicar essa mesma conduta em casa é muito grande”, explica Orkanda. Assim, mais do que ter uma alimentação saudável na escola, aumentam as chances de toda a família adquirir novos hábitos alimentares, influenciando em uma maior qualidade de vida familiar.

De acordo com a nutricionista Mariana Moretti Barbosa, é importante que os pais participem ativamente da vida escolar em todos os sentidos. “Trabalhar em conjunto com a escola é fundamental para o desenvolvimento e crescimento do aluno, não apenas no que diz respeito ao aprendizado cognitivo, mas também se preocupando com o suporte alimentar que será oferecido a ele e quais as formas de comunicação que a escola oferece para este acompanhamento”, recomenda.

Uma boa alternativa que tem facilitado o dia a dia escolar e familiar é a funcionalidade do relatório da ClassApp. Além de a escola informar por meio do aplicativo o cardápio oferecido no dia, os pais recebem até mesmo a informação se o filho se alimentou bem ou não. Pelo app, cada escola pode personalizar o relatório da melhor maneira que atenda a demanda dos funcionários, alunos e pais. 

 

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E na sua escola. Como vocês estão trabalhando esse tema? Os pais dos alunos se mostram preocupados com isso? Conte-nos sua experiência!