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A volta do ensino presencial evidenciou a importância do desenvolvimento das habilidades socioemocionais. Diante do aumento dos casos de ansiedade entre alunos, uma das alternativas para trabalhar a temática em sala de aula é a alfabetização emocional, que é a capacidade que uma pessoa tem para reconhecer seus próprios sentimentos, além de ter empatia pela emoção do outro.

Para a coordenadora da Educação Infantil do Centro de Inovação Pedagógica (CIPP) do Colégio Positivo, Hannyni Mesquita, o entendimento das emoções também precisa ser desenvolvido, pois, sem a inteligência emocional, muitas vezes, outras habilidades podem ser comprometidas.

“As questões socioemocionais impactam diretamente na forma como interagimos uns com os outros e conosco mesmo. Na ordem cognitiva, quando bem desenvolvida, o indivíduo tem o perfil para perseverar, construir e reelaborar o conhecimento e gerenciar situações cotidianas”, afirma.

No Brasil, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) inclui o ensino das competências socioemocionais nas escolas. É por meio do trabalho da alfabetização emocional em sala de aula que as crianças conseguem aprender a identificar as emoções, a desenvolver o autoconhecimento e a autorregulação e, consequentemente, o entendimento e gerenciamento de comportamentos e sentimentos.

 

Benefícios da alfabetização emocional nas escolas

 

De acordo com Bárbara Gobbo, coordenadora Pedagógica do Colégio Positivo – Jardim Ambiental, as práticas relacionadas à alfabetização emocional contribuem com a ruptura da crença de que as crianças mais inteligentes são aquelas que apresentam melhor desempenho acadêmico.

Ainda segundo a profissional, a maioria das crianças que têm educação emocional sabem trabalhar colaborativamente, gerindo bem seus pontos fortes e fracos e socializando saberes de maneira assertiva.

“Nosso grande objetivo ao educar emoções é que os estudantes cresçam sabendo gerenciar todo conhecimento construído, aplicando-o em sua vida em sociedade, de maneira assertiva, empática, ética e colaborativa”, ressalta.

 

Professores desenvolvem projeto para desenvolver a inteligência emocional nos alunos

 

Para impulsionar a inteligência emocional, alguns professores desenvolveram o “Criativamente”, que conta com a utilização do recurso de um software.

“A plataforma é totalmente interativa e, por meio das propostas orientadas pelos professores, os alunos são convidados a programar suas próprias histórias, jogos e animações – e compartilhar criações com outros membros da comunidade on-line. Nesse projeto, jogos dramáticos oriundos do teatro também são fortes aliados para completar o desenvolvimento das habilidades”, explica Domus Aurea, a coordenadora de anos Iniciais do Colégio Positivo.

Também é importante destacar a importância da participação das famílias no processo de alfabetização emocional dos alunos, conforme reforça Domus. “O envolvimento familiar é fundamental para ampliar as possibilidades de desenvolvimento emocional. É preciso ensinar e permitir que as crianças expressem emoções, iniciando com a identificação do que estão sentindo”, destaca.

 

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Para se aprofundar sobre o assunto, leia a matéria “Qual a importância da escola na formação emocional dos alunos?”