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O secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, prevê o retorno das aulas presenciais nas escolas a partir do dia 7 fevereiro e descartou a adoção de novas medidas restritivas na capital paulista. Apesar da escalada de infecções pela variante Ômicron – a alta foi de 152% de novas internações por covid-19 ou suspeita da doença nas três ultimas semanas no Estado -, ele aponta que os casos ligados à nova cepa têm apresentado menor letalidade.

“Tivemos aumento na média móvel de óbitos em relação a novembro, mas evidentemente, em função da vacinação em massa, possuímos um grau de proteção da população bastante grande, fazendo com que os efeitos sejam mais leves”, disse ele na manhã desta quinta-feira, 27, à Rádio Eldorado. “Além disso, conquistamos também uma estrutura de atendimento (ao longo da pandemia)”, detalhou.

A Prefeitura cancelou o carnaval de rua e adiou os desfiles no sambódromo de fevereiro para abril, mas não prevê fechamento do comércio ou das escolas. “Nesse momento não pensamos nisso. Tomamos duas decisões importantes: cancelamento do carnaval de rua e adiamento do carnaval do sambódromo para abril. Estamos preocupados com as festas fechadas, que não anunciam medidas sanitárias, como uso de máscara e comprovação do passaporte da vacina. Se for o caso, tomaremos medidas mais sérias em relação a isso”, criticou ele, sem detalhar quais seriam essas providências.

Além disso, indicou o retorno “seguro” das aulas presenciais para 7 de fevereiro, conforme calendário previamente divulgado pela secretaria. “As escolas também estão preparadas do ponto de vista sanitário para receber alunos e funcionários”, garantiu. Para ele, a única forma de dar dois passos para trás, trazendo a implementação de novas medidas será a “incapacidade do sistema de saúde de atender as pessoas”.

“Esse é o grande salto de qualidade que tivemos durante toda a pandemia. Se percebemos em algum momento o comprometimento desse sistema, especialmente com pessoas com sintomas mais graves, tomaremos medidas necessárias. Nesse momento, a vigilância ainda não aponta para este caminho”, insistiu.