3 min de leitura

A 28ª edição Bett Brasil, maior encontro de Educação e Tecnologia da América Latina, recebeu um público recorde de 35 mil pessoas durante os quatro dias de evento, que foi realizado de 9 a 12 de maio.

Além da feira de negócios, onde mais de 270 marcas participaram como expositoras, entre elas, 21 startups voltadas para a educação (EdTechs), um dos destaques deste ano foram os debates sobre Inteligência Artificial, ChatGPT e práticas para o cuidado da saúde mental de alunos e professores.

De acordo a diretora da Bett Brasil, Cláudia Valério, em 2024 a Bett Brasil deve ser ainda maior, sendo que o evento já tem até mesmo data definida. “Para o próximo ano, temos uma novidade: o evento muda de casa, até porque chegamos à capacidade máxima do atual local, o que confirma o potencial do setor da educação. Em função disso, a Bett Brasil passará a ser realizada no Expo Center Norte, de 23 a 26 de abril de 2024”, revela.

 

Bett Brasil promove diálogos e reflexões sobre o futuro da Educação

Com uma ampla programação, a Bett Brasil 2023 buscou promover o diálogo entre os diversos atores da Educação sobre os caminhos para o futuro do setor em relação à formação de docentes, o uso de tecnologias digitais, a diversidade e inclusão nas escolas, metodologias de ensino e avaliações, os cuidados com a saúde mental de crianças e adolescentes, entre outros assuntos.

“Toda a curadoria de conteúdo foi pautada sobre o momento atual do pós-pandemia e do contexto das escolas e realidade educacional brasileira. Com isso, assuntos como diversidade, saúde mental, empregabilidade e tecnologias foram todos abordados nesta edição”, destaca a diretora de Conteúdo da Bett Brasil, Adriana Martinelli.

Competências socioemocionais por metodologias ativas

A saúde mental dos educadores e dos alunos também foi um dos destaques da Bett Brasil 2023. O tema foi abordado pela autora e professora do Instituto Singularidades, Carolina Costa Cavalcanti, e a diretora da Tríade Educacional, Lilian Bacich, participaram do Congresso Bett Brasil e abordaram a temática.

Carolina explicou que a aprendizagem socioemocional é uma ação preventiva dos problemas de saúde e que a organização Casel (the Collaborative for Academic, Social and Emotional Learning) classifica em cinco pilares as habilidades que podemos aprender para atingir esse objetivo: autoconhecimento, consciência social, habilidades de relacionamento e tomada de decisões responsáveis.

Neste sentido, as metodologias ativas podem oferecer um meio de desenvolvimento socioemocional. “Não é possível ensinar a ser empático, por exemplo, lendo um livro. É preciso praticar a empatia”, pontuou Carolina.

A diretora da Tríade Educacional apresentou um case de uma escola pública que mostrou na prática como a implementação de um projeto STEAM (acrônimo em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática), que é uma metodologia ativa baseada na resolução de problemas por meio de projetos, foi utilizada para o promover as competências socioemocionais de alunos.

No projeto, os alunos de uma escola localizada em Piracicaba (SP) fizeram uma maquete com a criação de uma praça de área comum para a comunidade pensando na revitalização de um terreno abandonado situado ao lado da escola.

Em depoimento da orientadora do projeto por vídeo, ela falou sobre como foi importante para os alunos a convivência com os moradores da região para levantar ideias e todo o trabalho em conjunto realizado entre eles. Segundo ela, o projeto foi realizado por uma turma de recuperação, que demandava um pouco mais de atenção devido ao déficit de aprendizagem causado pela pandemia e que eles puderam ver como são capazes.

Você também pode gostar disso:

Saúde emocional: 3 cuidados que as escolas devem ter

 

* Com informações da assessoria de imprensa