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A relação constante entre alunos e seus dispositivos eletrônicos têm gerado debates sobre a integração dessas tecnologias ao ambiente educacional. A questão central é como incorporar o uso do celular nas escolas de maneira construtiva, evitando distrações.

“Se houver intencionalidade pedagógica, os dispositivos eletrônicos são ferramentas importantes para auxiliar o aprendizado. O desafio está em aliar o uso pedagógico no dia a dia do aluno e, ao mesmo tempo, evitar a perda do foco e distração”, avalia Patrícia Blanco, presidente-executiva do Instituto Palavra Aberta.

A discussão sobre o tema será ampliada durante a Bett Brasil, evento de Inovação e Tecnologia para Educação na América Latina, com o painel “Conectividade na educação: celular na sala de aula – Sim ou Não?”.

Uma outra oportunidade para aprofundar sobre o tema é a mesa redonda entre o secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Renan Ferrerinha, e o cofundador da ClassApp, Vahid Sherafat, que ocorre na quinta-feira, dia 25/04, às 14h, no estande do Sistema Positivo de Ensino. Na Bett Brasil, o estande está localizado próximo à entrada 2 do pavilhão do Expo Center Norte.

Prós e contras do uso do celular nas escolas

Com acesso à internet e a uma variedade de aplicativos educacionais, os dispositivos oferecem oportunidades para ampliar conhecimentos, colaborar em projetos e desenvolver habilidades digitais essenciais.

“Nosso principal modelo de escola, os Ginásios Educacionais Tecnológicos, utiliza a tecnologia como ativo principal, direcionando-a de forma pedagógica para ajudar a Educação”, comenta Renan Ferreirinha, secretário de Educação da prefeitura do Rio de Janeiro.

No entanto, o acesso constante às redes sociais e jogos pode desviar a atenção dos alunos, comprometendo o aprendizado e gerando preocupações com a saúde.

Integração positiva

A utilização moderada e mediada por educadores pode transformar o celular em uma ferramenta de aprendizagem interativa, estimulando a criatividade e a colaboração entre os estudantes.

“Os professores precisam estar inseridos na cultura digital e perceber o potencial dessas ferramentas para potencializar o ensino”, destaca Emerson Bento Pereira, diretor de tecnologia educacional do Colégio Bandeirantes.

Motivos para o uso intencional

Além de promover a pesquisa qualificada e a avaliação de informações, a integração dos celulares pode capacitar os alunos a compreender o funcionamento dos algoritmos e questionar as relações de poder por trás da tecnologia.

“Os sistemas tecnológicos tendem a reproduzir assimetrias de poder. Os jovens devem aprender a questionar seu funcionamento e identificar a que interesses servem essas tecnologias”, ressalta Patrícia Blanco.

O papel da escola: conscientização e diretrizes claras

É essencial estabelecer políticas e diretrizes claras sobre o uso de celulares em sala de aula, garantindo um equilíbrio entre acesso à tecnologia e ambiente de aprendizagem.

“A escola precisa definir e comunicar com clareza os momentos e motivos de uso do celular. Esses acordos valem tanto para alunos como para educadores e familiares”, destaca Patrícia.

Os professores desempenham um papel crucial, utilizando os celulares como recursos pedagógicos e integrando-os de forma significativa nas atividades escolares.

“Há mais de dez anos, o Bandeirantes oferece o tablet para todos os professores e, com isso, eles se apropriaram dessa tecnologia”, afirma Emerson Bento Pereira.

Em suma, o desafio reside em aproveitar o potencial dos dispositivos eletrônicos para promover uma aprendizagem eficaz, enquanto se estabelecem limites claros para garantir um uso consciente e responsável da tecnologia em sala de aula.

Serviço:

Bett Brasil – 29ª edição

Data: de 23 a 26 de abril de 2024.

Local: Expo Center Norte.

Endereço: Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme – São Paulo/SP.