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Alguns países, como o Reino Unido, estão utilizando as mensagens de texto enviadas pelo celular para impulsionar a comunicação com as famílias dos alunos na tentativa de reduzir os índices de evasão escolar, que aumentaram com a pandemia de covid-19, como já mostramos por aqui.

Há tempos os especialistas em educação alertam para o fato de que a união entre família e escola é muito importante para o processo de ensino e aprendizagem de estudantes de todas as idades.

Pais, mães e responsáveis pelos estudantes, quando engajados com o cotidiano escolar, tendem a oferecer melhores condições de desenvolvimento para crianças e adolescentes.

Para o consultor pedagógico da Conquista Solução Educacional, Anderson Leal, é fundamental que os responsáveis demonstrem interesse pelo que acontece na escola e participem ativamente das tarefas de casa e dos eventos promovidos no ambiente escolar.

“Isso sinaliza para as crianças que o que acontece com ela importa para a família”, salienta.

Entretanto, no pós-pandemia é interessante que essa proximidade seja intensificada pelas escolas, uma vez que os índices de evasão escolar estão mais altos agora.

Na Inglaterra, de acordo com uma pesquisa divulgada pela FFT Education Datalab, um terço dos jovens na faixa etária dos 15 anos tem faltado consistentemente às aulas ao longo do atual ano letivo. Para combater esse tipo de problema sistêmico, mensagens personalizadas podem ser a linha de frente de um amplo esforço para trazer os estudantes de volta à escola.

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Como construir um relacionamento e evitar a evasão escolar?

“Todo mundo gosta de se sentir visto e ouvido e, com os pais, não é diferente. A relação entre família e escola tem uma melhora significativa quando os pais se sentem acolhidos pela equipe, quando eles deixam de ser só mais um pai de aluno para se tornar parte do ecossistema que faz a escola funcionar e a criança ou adolescente aprender”, explica Leal.

Nesse sentido, é fundamental conhecer as famílias dos estudantes e, para o profissional, vale a pena investir nos relacionamentos.

No caso da Inglaterra, o consultor afirma que a comunicação com os pais e responsáveis tem sido determinante para reverter os níveis de evasão. E, no Brasil, essa também pode ser uma estratégia interessante.

“Quando há algo de errado com o estudante, é muito provável que a família possa ajudar no processo de recuperação de aprendizagens ou integração com o restante do grupo escolar. Sempre há algo que os educadores podem fazer para garantir que seus alunos continuem em uma trajetória de aprendizado adequada. E estar próximo de seus familiares e da realidade que eles vivem fora da escola é um dos passos mais importantes nessa caminhada”, finaliza.

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