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Trabalhar a educação financeira nas instituições de ensino é fundamental para ensinar crianças e adolescentes a administrarem as próprias finanças, consumirem com consciência, fazer gestão de dívidas, além de promoverem bem-estar financeiro ao longo da vida. Confira aqui a importância de abordar esse assunto na sua escola.

Entretanto, como abordar todas essas questões dentro de sala de aula ainda é um desafio para muitas escolas. E um bom exemplo de uma instituição que trabalha a educação financeira a partir do ensino fundamental 2 é o Colégio Franciscano Pio XII, localizado no bairro do Morumbi, em São Paulo.

Com os alunos do 6º ao 8º ano, o projeto tem o objetivo de ensiná-los a poupar, gerenciar gastos, serem socialmente responsáveis e a cuidar não só do dinheiro, mas de tudo o que possuem.

Já da 1ª à 3ª série do Ensino Médio, os estudantes aprendem a ler gráficos de dados apresentados no noticiário e a calcular porcentagem e fórmulas de lucro e custo, resgatando a matemática teórica para o dia a dia. Na disciplina Economics do High School, alunos estimam os valores do custo de vida e as despesas familiares.

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Estabeleça objetivos ao trabalhar a educação financeira

Para os gestores e coordenadores que estão planejando abordar a educação financeira com os estudantes, um primeiro passo pode ser estabelecer quais objetivos devem ser atingidos com essa proposta.

De acordo com a professora Patrícia Heidrich Prado, no Colégio Franciscano Pio XII o projeto do Ensino da Educação Financeira do Ensino Fundamental 2 busca trabalhar as habilidades de administrar a vida financeira, além de mostrar a preocupação com a sustentabilidade e o controle do consumismo, tratando aspectos socioemocionais relacionados aos temas.

Os alunos também aprendem noções sobre investimentos e maneiras de fazer o dinheiro render.

“Mostramos que o principal investimento é a instrução do aluno – o quanto ele vai se educar em relação às finanças e qual a motivação para continuar estudando”, explica.

Vale destacar que o projeto também se estende à reflexão sobre diferenças entre consumo e consumismo, o que é essencial e o que é supérfluo, o que é desejo e o que é necessidade. “Neste cenário, trabalhamos a habilidade sobre como guardar as recompensas: comprar agora ou juntar para esperar o dinheiro render?”, pondera.

Já no Ensino Médio, o professor Willian Bala trabalha a educação financeira com a finalidade de preparar para a vida e para os exames externos, como é o caso dos vestibulares. Segundo ele, as aulas resgatam a matemática teórica com uma releitura dos números para o dia a dia.

“Mostramos que a matemática faz parte da rotina deles, pois ela não é uma disciplina abstrata. Por meio de desenhos, exemplos e gráficos, usamos conteúdos de cálculo de desconto e porcentagem, fração, fórmulas de lucro e custo”, completa.

Os estudantes do High School também dedicam especial atenção ao tema sobre as despesas familiares, como gastos com IPTU, IPVA, seguro saúde, supermercado, água e luz nas aulas de Economics. Eles levam essas questões para a casa e, posteriormente, em aula, estimam os valores dos gastos mensais de suas famílias. 

“Os alunos estudam e refletem a respeito dos custos de vida, o que é essencial para que possamos ajudá-los a tornarem-se adultos conscientes e responsáveis”, completa a coordenadora do High School, Heloisa Parciasepe.

 

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