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Professor de realidade virtual, aplicativos que promovem inclusão e ensino imersivo são algumas das tendências abordadas na Bett Show 2022, realizada durante o mês de março, em Londres. Os vencedores do Global EdTech Startups Awards, (GESAwards), maior competição e comunidade de edtech do mundo, foram apresentados na feira e indicam para os principais caminhos que a educação deve percorrer a partir de agora. 

De acordo com o diretor-executivo dos colégios do Grupo Positivo, Celso Hartmann, a chegada da inteligência artificial aos aplicativos educacionais é motivo de comemoração. “Não significa o fim do trabalho do professor, mas sim a multiplicação do trabalho dos bons mestres em prol de uma humanidade mais desenvolvida”, ressalta.

Veja abaixo quais foram as startups premiadas e o que trazem de inovação.

Natterhub 

edtech britânica prepara crianças para prosperar on-line priorizando a segurança e o respeito. Com um ambiente amigável para professores e famílias, a plataforma traz inúmeros materiais dinâmicos sobre educação digital, alertando sobre perigos e explicitando a importância de ser gentil.

“Alfabetização e segurança digital” para crianças entre 5 e 11 anos é o que o recurso alega ser fundamental para o mundo conectado. Entre os tópicos abordados estão: relacionamentos e tecnologia, bem-estar e resiliência digital, importância de civilidade e simpatia na internet.

Ainda com mais recursos relacionados ao monitoramento, administração, participação dos pais e até mesmo certificados, a solução traz opções pagas para instituições com mais de 60 alunos. Entretanto, quando a quantidade não ultrapassa esse número, existe uma opção completamente gratuita. 

Amy.app

Originada na Nova Zelândia, a startup busca tornar o ensino personalizado acessível para todos. Amy, uma professora particular de matemática de inteligência artificial, faz perguntas estratégicas para conhecer cada aluno e analisa suas respostas para tornar a experiência ainda mais personalizada. O recurso examina os erros e as dificuldades de cada aluno para efetivamente mirar em brechas no aprendizado. 

WoWPlay

A iniciativa espanhola mistura tecnologia com o aprendizado físico. O programa envia mensalmente uma caixa “DIY” (do it yourself ou faça-você-mesmo) para os assinantes da plataforma, com itens para serem utilizados nos jogos e aulas interativas do website.

A ideia é ensinar para crianças soft skills e STEM (habilidades em Tecnologia, Engenharia e Matemática), com o uso responsável da tecnologia. Voltada para crianças acima de cinco anos, WoWPlay promete “inspirar inovadores do futuro”. Disponível em inglês e espanhol, o recurso tem planos mensais, trimestrais, semestrais e anuais. 

Grapho Game

O Grapho Game é um programa de alfabetização gamificada, voltado para crianças de 4 a 9 anos, em seis idiomas. Baseado em pesquisas acadêmicas e na área de neurociência infantil, o aplicativo finlandês é gratuito em mais de dez países, dependendo do idioma. No Brasil, a versão em língua portuguesa é gratuita.

M-Lugha

Problemas relacionados ao acesso à educação são ainda mais desafiadores em alguns países da África. O continente sofre com falta de professores como consequência do isolamento e insegurança de muitas regiões.

Além disso, a língua de instrução das poucas instituições de ensino africanas difere da primeira língua da maioria da população. Aumentando essa barreira linguística, grande parte dos professores existentes não são locais.

Criado no Quênia, M-Lugha é um aplicativo que busca combater essas dificuldades, levando alfabetização digital às crianças da zona rural africana e viabilizando uma educação ininterrupta para aqueles que estão em constante movimento em busca de pastagem para o gado. O recurso é disponibilizado no idioma Somali e Oromo/Borana. 

Halo AR

O aplicativo americano consegue trazer o conceito do metaverso para dentro das escolas, permitindo a qualquer um usar realidade aumentada para dar vida a livros, posters, entre outros materiais.

“A ideia de usar a tecnologia do metaverso nas escolas pode tornar trabalhos e exposições muito mais divertidos e imersivos para crianças”, explica o fundador do Halo AR, Josh Chan.

Não é necessário ter experiência ou conhecimento técnico para utilizar a ferramenta, o usuário simplesmente tira foto de um objeto plano e sobrepõe um item nele por meio da realidade aumentada.

Quando o chamado “halo” (sobreposição da imagem real com a virtual) é compartilhado com outros usuários, eles também poderão ver o vídeo, imagem ou modelo 3D quando apontarem suas câmeras ao objeto plano. O programa é gratuito e está disponível na AppStore e GooglePlay. 

Cocohub

Originada em Israel, a solução permite criar humanos virtuais, conhecidos como “conversational bots”, para reagir com expressões faciais e respostas pré-planejadas em plataformas de vídeo como Zoom, Google Meets e Facetime.

Além do possível uso em e-commerce, os bots criados pelos usuários podem agir como professores remotos. O programa disponibiliza oito idiomas diferentes, incluindo português.

9ijaKIDS

Com um cenário de falta de recursos na área de ensino, resultados ruins de aprendizado e baixo poder aquisitivo da população, a startup nigeriana criou uma plataforma digital com mais de 200 jogos para ensinar e revisar tópicos de diversas áreas do conhecimento.

A ferramenta foi pensada para ser o mais acessível possível para os mais de 120 milhões de usuários atuais. Atualmente, inglês é o único idioma disponível nos jogos. 

eSquirrel

Tornar livros e materiais didáticos mais divertidos e interessantes com o uso da tecnologia é o objetivo dessa edtech austríaca. Sem necessidade de uma conexão com a internet, o que pode ser muito importante em alguns países, o aplicativo e a plataforma digital oferecem cursos, jogos e questionários para “inspirar alunos e simplificar o ensino”.

Além disso, o programa traz mais de 17 recursos, incluindo a possibilidade de criar os próprios jogos, questionários e cursos, e analisar e monitorar o progresso dos alunos. Com serviço gratuito e sete idiomas disponíveis, eSquirrel ainda não é oferecido em língua portuguesa.

SkillGYM 

“Imaginem que vocês pudessem saber o que as pessoas falam pelas suas costas depois de uma conversa”, sugeriu o co-criador da SkillGYM, Matteo Malatesta, para explicar o que a tecnologia oferece.

A plataforma suíça promete ser o feedback que todos precisam para triunfar em apresentações e discussões. A técnica de role playing para treinar soft skills relacionadas à comunicação é combinada com inteligência artificial (IA) e realidade aumentada (RA) para tornar o processo de prática e aprendizado mais eficiente e acessível para empresas e escolas.

A plataforma é gratuita para usuários conversarem com atores na realidade aumentada sobre diversos temas – a IA e RA fazem com que o usuário se sinta em uma conversa real com um vídeo. Atualmente, o programa está disponível apenas em inglês. 

*Com informações da assessoria de imprensa do Colégio Positivo