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Aos 18 anos, Beatriz Quadros Schmitt deseja cursar astrofísica. Já Luiza Quadros Schmitt, que tem 15 anos, pensa em fazer biomedicina ou biotecnologia. As irmãs são o retrato de uma nova geração de meninas que sonham em ocupar cada vez mais as carreiras relacionadas à ciência e anseiam por mudar o atuam cenário. Afinal, de acordo com um artigo publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) em 2020, as mulheres representam apenas 14% da Academia Brasileira de Ciências.

Nesta sexta-feira (11), data em que é celebrado o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, uma iniciativa da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, é preciso lembrar que, além dos grandes nomes consagrados no cenário mundial, a inspiração para as alunas, muitas vezes, está no próprio dia a dia escolar.

Esse é o caso de Luiza e Beatriz. Segundo as adolescentes, a paixão pela área é reflexo da admiração pelas professoras com quem elas têm contato no Colégio Salvatoriano Nossa Senhora de Fátima, em Florianópolis. “Minha professora de química, Josiane Liz, me inspira muito e me fez amar a área ainda mais. Também é muito importante, para mim, ver a convivência entre ela e os colegas de trabalho, sempre com respeito e sendo vista da mesma forma”, relata Luiza.

Para a assessora de biologia do Sistema Positivo de Ensino, Samantha Fechio, ver outras mulheres em posições de destaque inspira e traz coragem para as meninas. “Precisamos colocar meninas em situações em que possam vivenciar o método científico, conhecer diferentes possibilidades da Ciência. Também é fundamental apontar o quanto as características dessas meninas favorecem e são importantes para diferentes áreas do conhecimento, inclusive a Ciência”, completa.