Dia Nacional do Livro: como estimular a leitura e a escrita nos alunos
No dia 29 de outubro, o Brasil celebra o Dia Nacional do Livro, uma data que homenageia a fundação da primeira biblioteca brasileira, a Real Biblioteca, no Rio de Janeiro, em 1810.
Desde então, os livros se tornaram um tesouro valioso, cativando gerações com suas histórias, informações e curiosidades, proporcionando um inesgotável manancial de conhecimento.
Ramin Shams, CEO da Ciranda de Livro, uma solução da School Picture, destaca a importância do hábito da leitura. “Além de adquirir novos conhecimentos, a leitura estimula a imaginação e a criatividade, principalmente em obras de ficção. Também aprimora a concentração, expande o vocabulário e oferece benefícios para a saúde mental, ajudando a reduzir o estresse e a ansiedade”.
Para Shams, a leitura é um instrumento de transformação, especialmente para crianças, permitindo-lhes encontrar novos caminhos e enriquecer seus aprendizados. Além disso, possibilita que os leitores se conectem com suas próprias emoções, trazendo mais humanidade à vida.
Portanto, o CEO acredita que a leitura deve ser estimulada desde a infância, tanto dentro como fora das salas de aula.
Robson Melo, cofundador da Estante Mágica, destaca o papel da leitura na formação das crianças. Através da leitura, afirma, elas desenvolvem o pensamento crítico, a criatividade, a concentração e o entendimento de suas próprias emoções e sentimentos.
Mello ainda enfatiza que as escolas podem desempenhar um papel fundamental na promoção da leitura, oferecendo oficinas literárias, clubes de leitura, contação de histórias e rodas de conversa que incentivem o hábito de ler.
Como os colégios podem comemorar o Dia Nacional do Livro
O Dia Nacional do Livro é uma oportunidade ideal para escolas realizarem atividades relacionadas à leitura, como a finalização da construção de histórias criadas pelos próprios alunos, ou eventos de autógrafos, nos quais os estudantes assinam os livros que ajudaram a criar.
Além de indicar a leitura de clássicos da literatura brasileira, o CEO da Ciranda de Livro sugere uma abordagem criativa, encorajando os estudantes a escreverem os próprios livros.
“Afinal, eles podem se tornar os futuros grandes autores nacionais. Esse tipo de atividade não apenas permite que os alunos expressem suas ideias e criatividade, mas também consolidem o conhecimento intelectual adquirido em sala de aula”, afirma.
Como incentivar a escrita nas escolas
O CEO da Ciranda de Livro enfatiza ainda a importância de envolver os estudantes nas atividades escolares, reconhecendo que o engajamento tem sido um desafio.
Ele sugere que, para estimular a participação dos alunos, é fundamental explicar claramente os benefícios das atividades e o porquê é importante. Isso pode motivá-los a se envolverem mais ativamente.
Atualizar o programa pedagógico com atividades que despertem o interesse dos alunos é outra estratégia para superar o desafio do engajamento. Atividades que estimulem a imaginação e a criatividade de forma lúdica tornam o aprendizado mais dinâmico e atraente.
A experiência da Estante Mágica, por exemplo, oferece projetos temáticos para orientar os professores a transformar os alunos em autores dos próprios livros. “O estímulo à leitura deve ser uma parceria entre escolas e famílias, a fim de despertar o interesse das crianças na leitura e na escrita”, comenta o cofundador da plataforma.
Benefícios da escrita para os estudantes
Escrever um livro proporciona uma série de benefícios e habilidades para os estudantes. Além de melhorar a leitura e a escrita, essa prática contribui para o desenvolvimento do pensamento crítico, criatividade, autonomia e protagonismo dos alunos.
Também fortalece a confiança em si mesmos e o senso crítico, uma vez que os alunos precisam pensar cuidadosamente sobre como as palavras serão recebidas pela sociedade.
A escrita também é uma realização pessoal significativa, que contribui para o crescimento e o empoderamento dos alunos. Por meio de atividades como essas, os estudantes criam memórias especiais na escola, marcando suas vidas de forma positiva.
No Dia Nacional do Livro, é celebrado não apenas as obras que já foram escritas, mas também uma oportunidade de inspirar futuros autores a descobrirem a alegria e a importância da leitura e da escrita em suas próprias vidas.
História do livro
Uma curiosidade sobre os livros que poucos conhecem é que, inicialmente, eles eram bem diferentes do que são hoje. Na Antiguidade, os livros eram feitos de outro modo. Os primeiros registros gráficos foram feitos em papiro, uma espécie de lâmina retirada do caule de uma planta de mesmo nome e que possibilitava a escrita.
Com o passar do tempo, os rolos de papiro foram substituídos pelo pergaminho, feito de pele animal e que tinha mais resistência. O papel só chegou na Idade Média e os livros, ainda escritos a mãos, começaram a substituir os pergaminhos.
Por volta de 1455, o alemão Johannes Gutenberg revolucionou a história da escrita ao criar uma técnica de prensa com uma impressora que reproduzia letras e símbolos com relevo esculpidos em metal. O processo espalhou-se rapidamente pela Europa e, logo, pelo mundo. No Brasil, o primeiro livro impresso foi Marília de Dirceu, do autor Tomás Antônio Gonzaga, em 1810.
Foto: Imagem de Freepik.
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