Durante a pandemia da Covid-19, as desigualdades e os problemas socioambientais foram agravados. E um caminho para reverter esse cenário é por meio do empreendedorismo social, que consegue reforçar o papel da educação a partir de projetos e práticas que proporcionem aos estudantes a chance de reconhecer seu potencial de transformação e geração de impacto positivo.
Foi pensando nisso que o Colégio Foco, escola da rede privada de ensino de Montes Claros (MG), decidiu realizar uma feira de empreendedorismo social. De acordo com Jonatas Braga, coordenador pedagógico da instituição, o projeto está alinhado com os recentes marcos das políticas educacionais, como a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e o Novo Ensino Médio.
“Esta feira foi composta por quatro etapas. A primeira consistia em uma série de palestras que tinham como intuito a conscientização em relação a importância do empreendedorismo social. Após essa etapa, os alunos, em parceria com a coordenação pedagógica e professores, planejaram as ações para dar início a terceira fase que foi a captação de recursos”, explica.
Na última etapa os estudantes aplicaram os recursos na revitalização de um centro comunitário em uma região periférica do município, além de organizar uma programação com brincadeiras, lanches, contação de histórias, apresentações teatrais e muita música. Na ocasião, mais de 40 famílias carentes foram atendidas.
Projeto de empreendedorismo social supera as expectativas
Ana Luisa, estudante do segundo ano do ensino médio, participou de todas as etapas da feira e afirma ter sido impactada pelo projeto de empreendedorismo social. “Eu penso que esse projeto tem que continuar, o que vivi na feira de empreendedorismo me fez entender melhor o que eu quero para o meu futuro. Mão tem preço olhar para as crianças e ver os olhos delas brilharem. Agradeço muito a oportunidade que a escola nos proporcionou”.
O coordenador do colégio, Jonatas Braga, destacou a importância de a escola ser de fato relevante para a comunidade. “No colégio Foco visamos a formação integral, ou seja, os alunos não devem aprender apenas conteúdos técnicos, mas desenvolver habilidades socioemocionais e empatia. Por meio dessa ação a escola se mostrou relevante para a comunidade, como deve ser”, pontua.