Em Rio Claro (SP), alunos de escola particular são punidos após posarem com bandeira do PCB
Alunos do 3º ano do ensino médio de uma escola particular de Rio Claro, interior de São Paulo, foram punidos, nesta quinta-feira (18), após posarem com uma bandeira do PCB (Partido Comunista Brasileiro), durante uma sessão fotográfica realizada nas dependências da instituição de ensino. Em um comunicado divulgado nas redes sociais, o Colégio Koelle informou que tomou “as devidas sanções disciplinares cabíveis junto aos alunos envolvidos”. Entretanto, a unidade de ensino não especificou quais foram as penalidades.
Uniformizados, os estudantes participavam de um ensaio fotográfico, realizado por uma empresa contrata pela comissão de formatura. Em um determinado momento, os adolescentes posaram com a bandeira. Foi, então, que um vídeo com esse registrou circulou nos grupos de Whatsapp e gerou polêmica sobre o assunto, dividindo as opiniões.
“Não acho que é uma questão de censura ou qualquer questão política…. É uma questão de respeito a uma instituição, questão de ordem. Se quiserem se manifestar, ótimo, mas estão dentro de um ambiente particular. Apoio o colégio. Quem não se sente representado nessa escola, tem total direito de buscar outra… democrático assim”, afirmou uma internauta em uma postagem do colégio.
Outro comentário questiona qual a sanção adotada pela escola e quais os critérios utilizados para impedir a manifestação dos jovens. “Qual é a punição e qual o critério para impedir que jovens, sobretudo o que já tem idade para votar, possam se manifestar politicamente e democraticamente dentro de um colégio?”.
Confira na íntegra o comunicado divulgado pelo Colégio Koelle:
“O Colégio Koelle vem publicamente esclarecer o fato ocorrido no dia de hoje, diante da repercussão do vídeo circulado por WhatsApp em que um grupo de alunos, formandos das 3ª.s séries do Ensino Médio, exibia bandeira de partido político.
O ocorrido foi um fato isolado, que se deu no momento em que os alunos participavam de um ensaio fotográfico, conduzido por empresa terceirizada contratada pela comissão de formatura, cujo funcionário (vestindo camiseta preta) aparece junto aos alunos.
Em face deste acontecimento, tomamos as devidas sanções disciplinares cabíveis junto aos alunos envolvidos, previstas em nosso Regimento Escolar. Também vamos intensificar ações junto à comunidade escolar, incluindo professores e colaboradores, com vistas a promover mais diálogo e orientação, evitando assim que situações como essa se repitam.
A política institucional do Colégio Koelle é não participar de nenhuma manifestação político-partidária, e não autorizar que essas manifestações ocorram em suas instalações.
Repudiamos veementemente que alunos, professores e demais colaboradores manifestem seu posicionamento político no ambiente escolar. Nas atividades escolares, por força de norma inserida no Regimento Escolar do Colégio Koelle, é “vedado aos nossos professores fazer proselitismo político-partidário ou religioso sob o pretexto de liberdade de cátedra”.
Pedimos desculpas a todos pelos transtornos gerados e reiteramos nosso compromisso com a perpetuação da educação de excelência, mantida ao longo dos 138 anos desde nossa fundação.
Atenciosamente,
Direção do Colégio Koelle”
Foto Ilustrativa: PCB / Reprodução