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A saúde emocional dos estudantes é um dos cuidados constantes da maioria das instituições de ensino, que se preocupam em trabalhar essa questão nas fases iniciais e ao longo da trajetória escolar. Após o período de isolamento social, o acolhimento tornou-se ainda mais importante trabalhar estratégias para ajudá-los a equilibrar emoções e sentimentos. Levantamento feito pela Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) em 21 países alerta que a saúde mental de crianças e adolescentes piorou durante a pandemia e criar um ambiente de acolhimento e a escuta com empatia faz-se urgente.

No Colégio Franciscano Pio XII, instituição de educação localizada no bairro do Morumbi em São Paulo, reconhecer as emoções, expressá-las e lidar com elas de forma adequada são os objetivos do projeto “Monstro das cores e as nossas emoções” da Educação Infantil e 1ºs anos do Ensino Fundamental I. Como parte da atividade, as crianças confeccionaram o “emocionômetro”, um recurso lúdico que auxilia a identificar as emoções em que cada criança escolhe o monstro que representa seu sentimento.

De autoria de Anna Llenas, a obra litatária serviu como suporte para facilitar o diálogo sobre as emoções com as crianças por relacionar as cores aos sentimentos. “É consenso que a Educação Infantil é uma das etapas mais importantes para a formação das crianças. Mas em tempo de isolamento social, precisamos abrir espaço para falar também das emoções. Elas precisam aprender a falar o que estão sentindo”, afirma Paula Neves Fava Bon, orientadora educacional da Educação Infantil e do 1º ano do Ensino Fundamental I do Colégio Franciscano Pio XII.

Durante as atividades, além da confecção do “emocionômetro”, os alunos participaram de diferentes propostas em torno do tema, como jogos que contribuem para a inteligência emocional e da criação de um monstrinho com diversos materiais e linguagens, como massinha e desenhos para representar os sentimentos. Eles também expressaram verbalmente momentos tristes, alegres e aprenderam a administrar esses sentimentos. “O mais importante é mostrar para as crianças que todos temos sentimentos e temos que aprender a lidar com cada emoção e saber que muitas vezes, ao olharmos para dentro de nós ou pensarmos em coisas boas que já vivemos, pode ajudar muito”, salienta Paula.

Identificando emoções e sentimentos

Ajudar as crianças a identificarem como estão se sentindo é parte essencial para uma educação emocional saudável, sempre mostrando que elas podem ficar tristes ou alegres no decorrer dos acontecimentos. De acordo com a orientadora educacional do colégio, ter autonomia para saber lidar com as emoções já é trabalhado com as turmas dos primeiros anos da Educação Infantil em sala de aula. Além disso, educar as emoções no ambiente escolar é uma das competências e habilidades propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC). “Desenvolver a inteligência emocional desde pequeno pode formar adultos mais autoconfiantes, persistentes, motivados e capazes de controlar as próprias emoções”, afirma Paula Bon.

No projeto, elas expressam e nomeiam os sentimentos e, gradativamente, aprendem a identificar suas necessidades e desejos em situações diversas. “Em alguns momentos, as crianças expressaram o que estavam sentindo e falaram sobre a tristeza e o que podemos fazer para nos sentirmos melhor ou ajudar um amigo”, completa.

 

*Com informações da assessoria de imprensa