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Atualmente, cerca de 850 milhões de pessoas em todo o mundo falam português ou espanhol. Até o fim deste século, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que os dois idiomas devem somar mais de 1,2 bilhão de falantes.

Hoje, o Brasil, com cerca de 216 milhões de habitantes, é o país com o maior número de falantes da língua portuguesa. E apesar de o idioma estar entre os mais utilizados no mundo, a OEI — que é a Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura — percebeu uma nova tendência entre cientistas e pesquisadores. A instituição detectou um aumento nas publicações em inglês por parte dos pesquisadores que têm como língua materna o português e o espanhol.

Para Ana Paula Laborinho, que é diretora da OEI Portugal, é preciso criar novas ferramentas para que os pesquisadores possam produzir ciência em nível internacional a partir da sua língua nativa.

O assunto é um dos temas que estão sendo tratados na Conferência Internacional das Línguas Portuguesa e Espanhola, que começou nesta quarta-feira em Brasília. O evento reúne especialistas dos idiomas, que discutem formas de fortalecer a difusão dos dois idiomas em todo o planeta.

Tanto o português quanto o espanhol são línguas que sofrem grandes variações de acordo com o país ou região onde são faladas. Para Ana Paula Laborinho, essas variações são a grande riqueza dos dois idiomas.

Além de Brasil e Portugal, atualmente o português é falado nos seguintes países: Guiné-Bissau, Angola, Cabo Verde, Moçambique, Timor Leste, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial. Todas essas nações formam a chamada comunidade lusófona.

 

Fonte: Rádio Agência Nacional