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Acolher os estudantes, qualificar os educadores e intensificar a aproximação com as famílias. Essas são algumas ações necessárias para enfrentar a violência no ambiente escolar, de acordo com especialistas ouvido na manhã desta quarta-feira (8), em audiência pública da Comissão de Educação, realizada no Senado Federa.

Os profissionais ainda apontaram o aumento da evasão escolar durante a pandemia-19, o atraso nos conteúdos, a violência em geral na sociedade, o aumento do desemprego e a volta da fome ao patamar dos anos 1990, como fatores que influenciam no aumento das tensões em sala de aula, que tem sido bastante frequente neste primeiro semestre.

Por repetidas vezes, os participantes da audiência frisaram a necessidade de acolher os estudantes no ambiente escolar.

O presidente da Comissão do Plano de Urgência para Paz nas Escolas Públicas do Distrito Federal, Tony Marcelo, afirmou que é preciso debater e dialogar com os jovens para entender suas demandas. Ele apontou que o papel social da escola deve ser fortalecido e afirmou que não dá para pensar na violência de forma isolada.

“A escola nada mais é que o reflexo de uma sociedade que apresenta problemas agudos. Fortalecer o papel social da escola neste momento é criar vínculos”, apontou.

Igor Pipolo, especialista em segurança pública nas escolas, reforçou que as estratégias para acolher os estudantes dependem do contexto local, faixa etária e realidade da escola.

“As escolas precisam oferecer condições mínimas para receber as crianças de forma adequada. Equipe mal preparada, ambiente que não é adequado e até o posicionamento geográfico da região da escola são fatores que podem influenciar. Segurança é prevenção e a prevenção não está necessariamente ligada a questões policiais, mas a um contexto de infraestrutura e de acolhimento”, afirmou.

Dados mostram importância de acolher os estudantes

Uma pesquisa realizada pela Associação dos Professores do Estado de São Paulo mostra uma escalada da violência nas unidades de ensino. Em 2019, mais da metade dos professores (54%) disseram já ter sofrido algum tipo de agressão.

Entre os alunos, em 2019, 81% disseram ter conhecimento de episódios de violência na própria escola.

 

*Com informações da Agência Senado