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O Grupo Raiz Educação registrou um aumento de 37% nas matrículas da educação infantil no início deste ano. O crescimento, que tem como base a comparação com 2021 e 2020, é encarado pelo grupo como resultado do amplo investimento realizado na obtenção de novas tecnologias, em infraestrutura e na integração de novas escolas.

Andre Gusman, CEO do Grupo Raiz Educação, também enaltece os investimentos em aprimoramento humano dos educadores e na formação socioemocional das crianças, que foram algumas das condutas empregadas pelo segmento.

“Durante esse período, por meio do por meio do Programa Raízes, projeto que trabalha as emoções de crianças e jovens do Grupo Raiz Educação, os educadores trabalharam com as crianças a aprendizagem significativa e de forma lúdica, como requer a faixa etária, com foco no desenvolvimento das habilidades e competências socioemocionais. Entre os objetivos, era poder verificar as angústias delas. Foi criado um espaço de escuta ativa. Além disso, educadores também tinham momentos com os responsáveis para entender mais e melhor sobre a condição de cada família e criança nesse período”, explica.

O profissional ainda ressalta que, especialmente nesta fase da vida escolar, é importante consolidar a parceria família e escola. “Tivemos a oportunidade de reforçar nossos laços de confiança e acolhimento”, destaca.

Expectativa para educação infantil

O Censo Escolar 2021, divulgado em fevereiro pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), revelou que o número de matrículas na educação infantil registrou queda de 7,3% entre os anos de 2019 e 2021. Nesse período, 653.499 crianças de até 5 anos saíram da escola. 

Ainda segundo o levantamento, o índice de crianças matriculadas em creches caiu 9% entre 2019 e 2021. A queda mais expressiva foi registada na rede privada, que apresentou uma redução de 21,6% de 2019 a 2021. Na rede pública, a queda foi de 2,3% nesse período.

Apesar dos números, Tania Fontolan, diretora pedagógica da Somos Educação, ressalta que o segmento está otimista com o novo cenário pandêmico. “Com avanço da vacinação na população adulta e o início da inclusão do grupo infantil, já conseguimos observar uma retomada no mercado. A melhora das condições sanitárias está abrindo um caminho para um retorno com mais segurança, o que anima pais e responsáveis, como também os gestores escolares”, ressalta.

Tania destacou ainda que a pandemia trouxe uma nova perspectiva para o ensino infantil, que é o reconhecimento da importância que a interação social e as atividades ligadas ao desenvolvimento cognitivo, físico, emocional têm para o desenvolvimento das crianças. “Ou seja, frequentar escolas e participar presencialmente das atividades faz toda a diferença na vida presente e futura dessas crianças”, pontua.

Para os gestores, a diretora pedagógica acredita que, com a pandemia, os aprendizados do ensino a distância serão aproveitados para manter uma conexão mais constante com as famílias. “E também a utilização – sempre que possível – de objetos digitais de aprendizagem, que sejam adequados à faixa etária e estimulem as funções executivas, trocas com colegas que estão a distância, ampliação da visão de mundo. No entanto, reitero: as pesquisas evidenciaram a importância das interações presenciais nesta etapa da vida das crianças”, finaliza.