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O aniversário da morte de Mário de Andrade completa 78 anos neste sábado, dia 25 de fevereiro. Eternizado por meio de sua obra, o escritor continua sendo um dos principais nomes do modernismo brasileiro e amplamente estudado nas escolas. Nos vestibulares, inclusive, ‘Macunaíma’ já foi obra obrigatória e, mais recentemente o livro ‘Amar, Verbo Intransitivo’ foi divulgado como parte da lista da Fuvest 2026

Uma maneira interessante para abordar sobre Mário de Andrade em sala de aula são as histórias em quadrinhos, ou HQs, como são popularmente chamadas. Para Sonia Luyten, pesquisadora brasileira especializada nesse gênero, “no plano pedagógico, os quadrinhos proporcionam experiências narrativas desde o início do aprendizado, fazendo os alunos adquirirem uma nova linguagem. Os quadrinhos atuam como uma espécie de andaime para o conhecimento do estudante”, afirma.

Ainda de acordo com a profissional, as imagens são um diferencial, pois elas “apoiam o texto e dão aos alunos pistas contextuais para o significado da palavra”. Sendo assim, a profissional acredita que trazer as narrativas clássicas de Mário de Andrade nesse formato é uma excelente forma de apresentar a literatura brasileira para as novas gerações.

 

Conheça duas adaptações em HQs dos seguintes livros de Mário de Andrade:

  1. Amar, verbo intransitivo – Idílio

Elza é contratada pelo industrial Felisberto para educar os filhos de acordo com os costumes europeus. No entanto, o real interesse do contratante é que sua nova governanta cuide da iniciação sexual do primogênito Carlos. A versão em quadrinhos do clássico Amar, verbo intransitivo foi lançada pela editora Ática, com roteiro do carioca Ivan Jaf, autor de mais de sessenta livros, principalmente voltados para o público juvenil, e ilustrações do gaúcho Guazzelli, premiado quadrinista com mais de 25 anos de carreira. 

Assim como a Semana de Arte Moderna, o livro choca por quebrar com as regras de gramática vigentes e contemplar uma temática polêmica. A obra toca em temas previstos na Base Nacional Comum Curricular (BNCC), como o Expressionismo alemão e o Modernismo brasileiro, de modo a permitir o entendimento de cada um dos movimentos artísticos, assim como a compreensão dos costumes da década de 1920.

 

  1. Macunaíma – o herói sem nenhum caráter

Macunaíma é um clássico da literatura brasileira que reúne folclore, mitos indígenas, lendas e causos populares para dar vida a um anti-herói mentiroso, desbocado, preguiçoso e luxurioso. Mantendo o tom bem-humorado e fantástico da obra de 1928, o livro ganha agora novas formas e cores pelas mãos do artista e roteirista Rodrigo Rosa, que conta com mais de vinte prêmios em salões de humor no Brasil e no exterior.

A narrativa fragmentada e veloz leva o leitor a viajar em busca da muiraquitã perdida e de traços da identidade cultural brasileira. Uma obra requisitada em exames vestibulares em todo o país, a HQ de Macunaíma introduz a obra ao leitor que ainda não a leu e enriquece a leitura dos que já conhecem o livro, pois possibilita novas interpretações da narrativa, e agrega diferentes significados ao repertório cultural do jovem.

 

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