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A nova lei da educação digital foi uma das primeiras medidas sancionadas pelo novo governo federal, na qual houve a criação da Política Nacional de Educação Digital (Pned) com medidas de estruturação e de incentivo ao ensino de competências digitais e Pensamento Computacional nas Escolas.

De acordo com especialistas, ao mesmo tempo que a legislação traz desafios, ela também possibilita oportunidade. Afinal, enquanto a medida inclui a educação digital nas escolas, ela convida a comunidade escolar a discutir como será feito o processo de ensino de temas tão importantes como Pensamento Computacional, cultura digital e até mesmo direitos digitais.

Vale ressaltar que a norma tem foco na inclusão digital, impulsionando a ampliação do acesso das crianças e dos jovens à tecnologia e aos recursos digitais, o que impulsiona uma mudança na grade curricular com conteúdos que vão desde alfabetização digital até a programação de computadores.

Sendo assim, nova lei da educação digital específica que a política educacional deverá viabilizar o desenvolvimento de planos digitais para as redes de ensino, fomentando a formação de lideranças, a qualificação dos dirigentes escolares, a inclusão de mecanismos de avaliação externa da educação digital e o estabelecimento de metas concretas e mensuráveis na aplicação de políticas válidas para os ensinos público e privado.

Cristina Diaz, sócia da UpMat Educacional, instituição que atua na educação básica para a criação e distribuição de conteúdos sobre Pensamento Computacional, Matemática e raciocínio lógico, fala sobre a importância da nova medida e sobre seu impacto na educação.

“Os conceitos trabalhados pelo Pensamento Computacional não chegaram agora, eles já fazem parte da nossa rotina sem nem percebermos, ao fazermos tarefas simples como ir ao supermercado ou escolher um caminho a percorrer, por exemplo. Incluir o Pensamento Computacional de forma sistematizada nas escolas abre uma porta importante para trabalhar raciocínio lógico e estratégias de solução de problemas de maneira também transversal, útil para todas as outras disciplinas”, afirma.

De acordo com Cristina, é possível começar a implementar a educação digital de modo simples e muitas das implementações podem ser de maneira desplugada, ou seja, sem a necessidade de um computador (ou de outros aparatos eletrônicos) e sem a necessidade de conexão à internet.

“Talvez muitos dos professores já trabalhem habilidades do Pensamento Computacional em sala de aula sem sequer saber que assim o fazem. Essas habilidades – decomposição, abstração, reconhecimento de padrões, pensamento algorítmico e análise estão presentes em jogos, em atividades coletivas ou até mesmo na Matemática”, explica.

No entanto, apesar dessas habilidades já estarem presentes no cotidiano escolar, Cristina pontua que a obrigatoriedade da educação digital nas instituições de ensino traz novos desafios e um dos principais será o preparo dos professores e da disponibilidade de bons recursos didáticos sobre o tema.

“Ainda é grande o desafio de trazer essa temática para a comunidade escolar, pois precisamos preparar professores, familiares e alunos. Para isso, é importante entender que a inclusão da educação digital na vida de todos nós é inevitável e veio para ficar. O melhor a fazer é preparar nossas crianças e nossos jovens para lidar com a tecnologia da maneira mais segura e produtiva possível”, ressalta.

 

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