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Em um mundo cada vez mais dinâmico e tecnologicamente avançado, a educação assume um papel fundamental na preparação de alunos para os desafios do século XXI. Diante desse cenário, as práticas pedagógicas inovadoras emergem como premissa na busca de uma educação mais engajadora e eficaz.

De acordo com Daniel Carneiro Cruvinel, professor e assessor pedagógico da Rede Pitágoras, sistema de ensino que usa a tecnologia para potencializar os processos educacionais, é necessário repensar o processo de ensino-aprendizagem na perspectiva de como construir a chamada Educação 4.0, que propõe uma aprendizagem mais ativa, com o apoio da tecnologia, visando tornar o ensino mais atrativo para os alunos e incentivando-os a aprender enquanto praticam. 

“A sociedade contemporânea valoriza habilidades como pensamento crítico, criatividade e resolução de problemas, impulsionando a necessidade de novas práticas que preparem os alunos para os desafios do mundo atual”, afirma Cruvinel sobre ametodologia de “aprender fazendo”, aliando o conhecimento teórico ao desenvolvimento de habilidades.

Por que investir em práticas pedagógicas inovadoras?

A constante evolução da sociedade e do mercado de trabalho demanda uma abordagem pedagógica que vai além das tradicionais metodologias. Dessa maneira, a busca de práticas pedagógicas inovadoras visa não apenas acompanhar, mas também antecipar as demandas e transformações, proporcionando aos estudantes habilidades essenciais para o sucesso em suas vidas profissionais e pessoais.

Momentos diferentes

Segundo o especialista, o momento é disruptivo. “A escola do século XX tinha como premissa memorizar, reproduzir, copiar, treinar, repetir, utilizando questionários como estratégias de ensino, a compreensão ficava em segundo plano. Já na escola do século XXI, temos um grande ganho no ensino. Agora, as palavras-chave são assimilar, (re)construir, capacitar-se, refletir, aplicar, discutir. Tudo isso por meio de estratégias como as das metodologias ativas para promover uma aprendizagem significativa”, explica.

Essa evolução dos processos acontece em formação continuada, acolhendo a realidade de cada docente para, então, despertar gatilhos na mudança de mindset desses educadores, na expectativa de incentivá-los a despertar o processo de motivação necessária a fim de inserir em seus planos de aula os recursos e estratégias que desenvolvam nos alunos as habilidades e competências esperadas.

Para Cruvinel, ainda estamos num processo de evolução e construção. Soluções embasadas em inteligência artificial e realidade virtual são incorporadas às salas de aula para proporcionar experiências de aprendizado mais imersivas. “Isso permite que os alunos explorem ambientes virtuais, simulações e interações personalizadas, enriquecendo o processo de aprendizagem e proporcionando experiências mais próximas da realidade, especialmente em componentes curriculares de teores práticos ou complexos”, destaca.

O papel do educador, gestores escolares e dos pais

Educadores desempenham um papel central na implementação de estratégias inovadoras, adotando práticas pedagógicas atualizadas e integrando tecnologias de maneira eficaz. E isso só é possível com o comprometimento de se capacitarem constantemente.

Gestores escolares têm a responsabilidade de criar um ambiente propício à inovação, fornecendo recursos, treinamento e apoio contínuo aos professores. Os pais, por sua vez, desempenham um papel crucial, apoiando e encorajando a aprendizagem em casa, além de estar envolvidos no desenvolvimento escolar de seus filhos.

O especialista afirma que a colaboração entre esses três grupos é essencial para criar um ecossistema educacional eficaz e inovador. “A sincronia é fundamental para o sucesso, mas acredito que o maior diferencial esteja na gestão, pois uma gestão inspiradora é capaz de incentivar todo o ecossistema educacional, despertando a motivação necessária em cada um para engajar a comunidade escolar, pois a mudança é a única constante”.

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Imagem: Drazen Zigic / Freepik