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Há quase seis meses as instituições de ensino público e privado começaram o processo de implementação do Novo Ensino Médio. Apesar de o assunto estar em destaque neste semestre, o novo currículo ainda gera incertezas na comunidade escolar.

Para esclarecer as principais dúvidas, a coordenadora de evolução de conteúdo da Conquista Solução Educacional, Alessandra Cavichia Atanazio listou 5 pontos do novo formato do ensino médio. Confira:

 

O que mudou na estrutura do Novo Ensino Médio?

 

Segundo Alessandra, a mudança propõe uma reestruturação curricular e reorganiza essa etapa da Educação Básica em duas frentes principais: a Formação Geral Básica (FGB), parte comum do currículo, tendo como norteador a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e os Itinerários Formativos (IFs), parte flexível, apoiados nos Referenciais Curriculares para Elaboração de Itinerários Formativos.

Vale lembrar que a carga horária passou a ser de 3 mil horas, sendo que 1,8 mil devem ser dedicadas à FGB, enquanto as 1,2 mil restantes, aos Itinerários Formativos.

 

O que muda na atuação dos professores de Ensino Médio?

 

Uma das principais dúvidas do Novo Ensino Médio é se há alguma mudança no papel do docente. A profissional pontua que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) não sugere o abandono dos componentes curriculares tradicionais, mas define direitos e objetivos de aprendizagem em quatro áreas do conhecimento: Linguagens e suas Tecnologias; Matemática e suas Tecnologias; Ciências da Natureza e suas Tecnologias; e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.

“A proposta é integrar dois ou mais componentes do currículo escolar, fortalecendo a relação entre eles. Por isso, os professores precisam trabalhar de maneira interdisciplinar”, afirma.

 

O que significa dizer que o currículo está mais flexível?

 

Você já deve ter reparado que uma das características do Novo Ensino Médio é a flexibilização curricular, que oferece aos estudantes a oportunidade de escolher parte dos conteúdos que vão estudar.

Sendo assim, os alunos podem escolher o que faz mais sentido de acordo com seus objetivos pessoais e profissionais. Os Itinerários Formativos são justamente essa parte flexível do currículo e devem representar, no mínimo, 1,2 mil horas da carga horária total.

 

Atividades que a escola já desenvolve podem ser elencadas como Itinerários Formativos?

 

De acordo com Alessandra, podem e devem. Ela explica que é muito importante considerar a realidade e o contexto de cada instituição de ensino, pois cada escola tem autonomia para propor outras unidades curriculares dentro dos Itinerários Formativos.

“Se a escola participa de Olimpíadas, as horas podem ser registradas na matriz como uma eletiva. Da mesma forma, projetos, oficinas, clubes e jogos são algumas das possibilidades de incluir no currículo atividades que já fazem parte do cotidiano escolar”, exemplifica.

 

O que já se sabe sobre o novo Enem?

 

Essa também é uma das principais dúvidas relacionadas ao assunto. Assim como o Ensino Médio, o Enem também vai sofrer algumas mudanças para acompanhar a nova proposta. De acordo com o Ministério da Educação (MEC), a prova será constituída por dois instrumentos: o primeiro relacionado à Formação Geral Básica e o segundo, aos Itinerários Formativos, que vai variar de acordo com a escolha do estudante.

 

Uso de tecnologias no Novo Ensino Médio

Para se aprofundar neste assunto, confira como o uso de tecnologias pode auxiliar os estudantes e professores no Novo Ensino Médio.