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Um programa que visa melhorar os indicadores de educação da região amazônica com o desenvolvimento integral dos estudantes. Esse é o objetivo do “Plantar Educação”, lançado pela Fundação Lemann e o Instituto Gesto, com cofinanciamento da CLUA (Climate and Land Use Alliance). O projeto surgiu devido à importância da floresta amazônica para a biodiversidade e para o clima mundial, além do papel relevante de centenas de povos indígenas e comunidades tradicionais em guardar e proteger o território.

“A Amazônia Legal apresenta os piores índices educacionais do Brasil. Acreditamos que políticas de qualidade empoderam as populações locais para promoverem meios de vida sustentáveis a partir de suas próprias culturas e experiências. Educação na floresta é o melhor jeito de cuidar das gentes que cuidam do meio ambiente”, afirma Katia Schweickardt, consultora especialista do programa e ex-secretária municipal de Educação de Manaus.

Para começar iniciar a implementação da proposta, os idealizadores da ação estão selecionando secretarias municipais de educação da localidade, que, após um diagnóstico realizado em conjunto com os profissionais das redes, passarão por capacitações específicas do programa durante aproximadamente quatro anos.

Entre os eixos que compõem a grade de estudos do projeto estão: gestão pedagógica e administrativa, cujo intuito é garantir um sistema coerente de ensino que considere o desenvolvimento integral dos estudantes e professores e esteja conectado à realidade local; desenvolvimento profissional para formação de secretários, lideranças, técnicos, gestores escolares e professores em didáticas específicas; e educação para sustentabilidade, com o objetivo de engajar a comunidade escolar na pauta por meio de um currículo amazônico.

“A Fundação Lemann acredita em uma educação inclusiva e de qualidade para todos e todas. A escalabilidade desse tipo de projeto é uma característica essencial para chegar em cada vez mais territórios, impactando uma transformação profunda no Brasil”, afirma Denis Mizne, diretor executivo da Fundação Lemann.

Para Daniela Lerda, diretora da CLUA Brasil, o futuro da Amazônia está nas mãos dos jovens, incluindo os indígenas, quilombolas, e outras populações tradicionais que protegem a floresta. “Comunidade rurais, particularmente na Amazônia, estão buscando apoio para o seu desenvolvimento socioeconômico e acesso a oportunidades educacionais para proteger seus territórios, culturas e conhecimento tradicional. Investindo em uma educação com equidade, o Plantar está contribuindo para a construção de meios de subsistência locais e apoiando comunidades a protegerem suas florestas, terras e culturas”, destaca.