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Após dois anos de aula remota, a volta do ensino presencial foi marcada pelo aumento do número de casos de depressão e ansiedade em alunos e docentes. Com um cenário tão desafiador, atualmente uma das principais dúvidas do gestor escolar é como fortalecer a saúde emocional dos professores.

Tanto é que esse foi o tema de uma das palestras da 7ª edição do Congresso Educa Week, que contou com a participação da Ana Carlota Niero, coordenadora Pedagógica Colégio São Luís, e da Cristina Helena Pinto de Melo, diretora da Área de Sucesso do Docente e do Discente da ESPM.

Na ocasião, Ana Carlota aproveitou para promover uma série de reflexões na plateia. Segundo ela, é necessário que cada diretor e mantenedor olhe para a própria instituição de ensino e analise quais ações realmente foram colocadas em prática em prol da saúde emocional dos professores.

“A escola precisa organizar um espaço de escuta genuína, onde o professor pode chegar para o coordenador, sem ser julgado, e dizer que está difícil. É preciso promover um espaço de troca, onde o professor pode sentir esse apoio. Onde ele pode dizer aquilo que o preocupa”, exemplifica.

Criar espaços de meditação também é uma boa alternativa, conforme cita Ana Carlota. “É uma oportunidade para o aluno respirar, mas o professor também. Antes de começar a aula, todos vão inspirar e expirar por três minutos. Isso demonstra uma preocupação com o estado emocional das pessoas”, destaca.

Manter uma fala acolhedora e respeitosa também é fundamental para fortalecer a saúde emocional dos professores. “Nossa fala reverbera positividade e parceria? Minha fala precisa ser uma de acolhimento, mesmo quando eu tenho que dizer para o educador que vamos precisar rever algum ponto”, explica.

 

Fortalecer a saúde emocional dos professores inclui olhar os detalhes

Para Cristina Helena Pinto de Melo, diretora da Área de Sucesso do Docente e do Discente da ESPM, o momento pede atenção dos gestores, inclusive nos detalhes da rotina dos docentes.

“Alguns professores estavam pedindo um relógio na sala dos professores, mas o administrativo foi contra, alegando que todo mundo tem celular. Para os professores, não ter um relógio era um símbolo de não compreender a dinâmica de aula e de intervalo. Era não ter uma escuta para uma fala deles. Se eles pediram, era necessário. Agora temos um relógio na sala dos professores, exemplifica.

Prestar atenção aos pequenos sinais, de acordo com Cristina, pode fazer a diferença na hora de fortalecer a saúde emocional dos professores.

 

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