Dentro das instituições de ensino, o multilinguismo tem crescido no Brasil nos últimos anos. A globalização e a revolução dos meios de comunicação aceleraram a necessidade de dominar não somente a língua nativa, mas também outras, como por exemplo, o inglês, o espanhol e o alemão.
Consequentemente, esse cenário impulsionou o fortalecimento do multilinguismo, o que resultou em um aumento de 10% no número de escolas que investem no ensino de pelo menos dois idiomas, segundo dados da Associação Brasileira de Ensino Bilingue.
De acordo com Lyle French, head de International Programs do colégio Lourenço Castanho, a incorporação de várias línguas nas escolas é importante para os alunos, que estão em um momento competitivo.
“Isso abre portas para que o aluno pense em estudar fora no Ensino Médio, fazer uma faculdade de alto nível no Brasil ou se tiver que dominar o inglês, por exemplo, para conseguir boas oportunidades de trabalho”. Uma pesquisa do British Council aponta que mais de 40% das empresas hoje consideram o domínio do inglês como uma competência básica essencial.
De acordo com French, ser proficiente em duas ou mais línguas ajuda o estudante a pensar de forma diferente. “Quando você domina duas línguas, já pensa diferente. Tem a mente mais aberta, mais vocabulário e acesso a uma ampla quantidade de repertório. Com isso, terá mais recursos para ler, compreender, escrever, falar, se comunicar, defender ideias e pontos de vista. E essas habilidades tornam as pessoas mais contratadas no mercado atualmente”, acrescenta.
Benefícios cognitivos do multilinguismo
Assim como muitos especialistas, French acredita que quanto mais cedo a criança tiver contato com uma segunda língua, melhor será para seu desenvolvimento.
“Quando o aluno começa a aprender uma outra língua na primeira infância, consegue criar mais conexões no cérebro, tornando-o mais plástico. Além disso, pensa com mais clareza, com mais rapidez e de forma geral, esse aluno é o que tem apresentado melhor desempenho quando mais velhos, se deparam com avaliações internas ou externas”, pontua,
No futuro, geralmente, essa criança pode falar com mais fluência, ter um vocabulário mais amplo e falar com mais naturalidade.
Outro benefício do multilinguismo, de acordo com estudos, é a redução da chance de desenvolver doenças que afetam o cérebro, como é o caso do Alzheimer, entre outros tipos de demência. Exercitar o cérebro de forma mais desafiadora, eleva o nível de plasticidade e auxiliam na prevenção de doenças.
Segundo uma pesquisa chamada Bilingual Brains, realizada na Universidade de Stanford, na California, por ter a neuroplastia do cérebro estimulada, o aluno tem maior habilidade de bloquear distrações, reter a atenção, além de analisar e organizar as informações com mais facilidade.
Estrutura para o ensino da segunda língua
Na escola Lourenço Castanho, os alunos podem escolher os programas de duas línguas, por meio do English Program, com aulas entre duas e quatro vezes por semana, no caso do Fundamental I ou II. Já no Ensino Médio, além das aulas do idioma, ainda tem aulas de outras disciplinas em inglês, como História, Geografia, Ciências, Artes, etc.
O diretor ressalta que as aulas são baseadas em projetos, adequados a cada série. “Essa é uma forma de os alunos perceberem que a aula de outro idioma não é baseada apenas em gramática. Para isso, a temática dos projetos os ajuda a escrever ou a falar sobre temas variados. A Lourenço Castanho vem investindo e melhorando rapidamente o ensino de línguas, dentre elas, destaco aqui a língua inglesa”, conclui.
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