4 min de leitura

As principais medidas de segurança escolar que devem ser adotadas pelas instituições de ensino passaram a ser um dos assuntos mais debatidos nas últimas semanas, após os últimos ataques e ameaças às instituições de ensino.

Mas, afinal, quais ações devem ser colocadas em prática para garantir uma maior segurança dos alunos? De acordo com Cássio Innarelli Mori, professor, gestor educacional e palestrante especializado em gestão e marketing, há quatro sugestões de segurança escolar que podem ser implementadas neste momento. Confira:

 


  1.       “Não basta a escola ser segura, ela também precisa parecer segura”.

O profissional destaca que existem algumas medidas que podem ser adotadas para tornar as escolas mais seguras, entretanto ele pondera que nenhuma delas será 100% infalível! 

“Por isso, é importante reforçar a segurança física com medidas como a colocação de câmeras de vigilância, cercas altas, portões com travas e sistemas de alarme. Além disso, realizar um rígido controle de entrada e saída de colaboradores, alunos, pais e fornecedores”, afirma.

Segundo Mori, isso tudo contribui com a prevenção de que pessoas mal intencionadas entrem na escola, mas também ajuda a transmitir a sensação de segurança para toda a comunidade escolar, tornando o ambiente mais tranquilo e acolhedor.

“Além disso, essas medidas também podem ajudar a detectar comportamentos suspeitos e prevenir situações de perigo”, pontua.


  1.       Treinar funcionários e alunos como protocolo de segurança escolar

Ao planejar reforçar a segurança escolar, Mori sugere o treinamento de funcionários e alunos para situações de risco. “Isso inclui ensinar a reconhecer comportamentos suspeitos, como por exemplo, quando alguém está agindo de forma diferente do que é comum ou parecer estar carregando algo perigoso”, exemplifica.

Além disso, também é fundamental que a gestão escolar esteja preparada para acolher os educadores e demais colaboradores, que podem estar aflitos e inseguros com a onda de violência escolar


  1.       Cultura de prevenção à violência

O terceiro ponto destacado pelo gestor educacional é a implementação na escola da cultura de prevenção à violência.

“Isso significa ensinar os alunos a serem respeitosos e tolerantes com as diferenças, promovendo a empatia e a compaixão pelo próximo. É importante trabalhar para que a escola se torne um ambiente acolhedor e inclusivo, onde todos se sintam respeitados e valorizados”, afirma.

Programas de mentoria e mediação de conflitos também devem constar no planejamento escolar, pois contribuem para que os estudantes aprendam a lidar com as emoções e resolver conflitos de forma pacífica.

“Ao criar uma cultura de prevenção à violência na escola, estamos trabalhando para evitar situações de risco e promover o bem-estar dos alunos e funcionários. Essa medida não só ajuda a criar um ambiente mais seguro, como também contribui para a formação de indivíduos mais tolerantes, respeitosos e empáticos”, completa.


  1.        Foco na saúde mental é indispensável para a segurança escolar

O cuidado com a saúde emocional dos alunos é fundamental para garantir uma maior segurança escolar. “Muitas vezes, os atos de violência em escolas são cometidos por pessoas com problemas de saúde mental”, ressalta Mori.

Por isso, é importante que a escola saiba identificar os alunos que possam estar em risco, além de comunicar a família e oferecer serviços de aconselhamento.  “Por fim, é importante trabalhar em parceria com a comunidade. Isso significa envolver as forças de segurança locais e os pais para aumentar a segurança em torno da escola e monitorar comportamentos suspeitos”, acrescenta.    

Os associados do Escolas Exponenciais têm acesso a uma trilha de conteúdos sobre educação socioemocional, o que pode ajudar a impulsionar sua instituição de ensino.

 

Segurança escolar: o que não pode faltar na sua instituição de ensino?

Para garantir a segurança escolar, o professor e gestor educacional Cássio Innarelli Mori acredita que é necessário que as instituições de ensino evitem qualquer ato que possa incentivar ou promover comportamentos violentos, discriminatórios ou ofensivos.

“Isso inclui atividades que envolvam armas, brincadeiras agressivas ou bullying e discriminação baseada em características pessoais.  É fundamental promover um ambiente de respeito, tolerância e inclusão, onde a linguagem seja sempre respeitosa e pacífica, e onde o diálogo seja incentivado para resolver conflitos”, destaca

No ambiente escolar, regras de comportamento e disciplina devem ser estabelecidas com os alunos para que todos saibam o que é aceitável e o que não é permitido. 

“Especificamente sobre as recentes ameaças de ataques às escolas realizados pelas redes sociais, caso esse assunto seja abordado em sala de aula, é importante que o professor leve de maneira leve e explique que as informações são falsas. Reforce que a escola está preparada para garantir a segurança de todos e que medidas de segurança já estão em vigor para prevenir incidentes”, recomenda.

 

Você também pode gostar disso:

Saúde emocional: 3 cuidados que as escolas devem ter