2 min de leitura

Enquanto os analistas do Morgan Stanley, uma empresa global de serviços financeiros, acreditam que a recuperação para o setor de educação deve acontecer apenas a partir do 2º semestre de 2022, profissionais da área estão com uma expectativa mais animadora ainda para este ano. O banco sinaliza que algumas companhias podem ter uma alta de até 21% nas matrículas escolares para o próximo ano letivo. O avanço da vacinação e a reabertura dos colégios são apontados como os principais fatores para a retomada econômica na educação.

“As expectativas para a educação são cada vez melhores. Já temos um retorno gradual de quase todas as unidades das redes pública e particular do Brasil. A vacinação dos professores está bem avançada e alguns estados já planejam imunizar os adolescentes de 12 a 17 anos. Apesar da pandemia ainda existir, com respeito aos protocolos, acreditamos na recuperação da aprendizagem”, afirma João Cunha, diretor geral do SAS Plataforma de Educação.

Segundo Cunha, a situação das escolas já é melhor neste 2º semestre de 2021 e deve ficar ainda mais fortalecida no ano seguinte. “A melhora ainda está atrelada à retomada da economia, mas o cenário é muito positivo em comparação a meados de 2020, quando as escolas sofreram com a redução das mensalidades e aumento da evasão – principalmente nas instituições particulares. A volta às aulas no ensino presencial é mais animadora e traz mais credibilidade ao papel da escola, cuja qualidade e excelência do ensino são fatores chave para preencher as lacunas de aprendizagem dos alunos, causadas pela pandemia”, analisa.

Mesmo otimista, o profissional pontua que é difícil ter uma precisão sobre quando o setor irá se recuperar plenamente. “O Brasil está inserido em um cenário econômico delicado, devido à pandemia, o que afetou diretamente as escolas. Mas já se vê sinais de recuperação e um cenário mais otimista à frente. Por exemplo, algumas famílias com crianças de até quatro anos, idade em que a matrícula não é obrigatória, que optaram por tirá-las das instituições, estão realizando matrículas para o segundo semestre”, exemplifica. 

Apesar de a pandemia ainda existir, respeitando os protocolos, Cunha diz acreditar na recuperação da aprendizagem. “A presença na escola, o contato com o professor e a convivência são essenciais para o ensino. O ensino presencial vai ganhar força com o aumento da vacinação e o número de casos de contaminação diminuindo”, ressalta.