Avaliação diagnóstica na prática: como aplicar na sua escola?
Quando temos sintomas de uma doença, procuramos um médico para ele nos dar um diagnóstico e fazermos o tratamento necessário para nos curar, certo? Quando um aluno apresenta dificuldades na escola, é preciso fazer o mesmo, para que ele possa resolver suas questões de aprendizagem. E não basta dar uma nota baixa; é preciso que o professor estude os sintomas de um mal desempenho, investigue as causas das dificuldades e dê indicações do que é preciso ser feito para que a criança ou adolescente melhore sua jornada educacional, ou seja, faça uma avaliação diagnóstica.
A avaliação de aprendizagem faz parte de um planejamento macro para a jornada educacional do aluno. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LBD) determina que a avaliação dos alunos seja contínua e cumulativa, valorizando mais os resultados obtidos durante o ano letivo do que somente a nota de provas finais.
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O que é exatamente a Avaliação Diagnóstica?
Avaliação Diagnóstica é o resultado de análises sobre o quanto cada estudante aprendeu, o que acumulou de conhecimentos, que habilidades e competências desenvolveu ao longo de sua jornada de aprendizagem.
É esse diagnóstico do professor que vai determinar o que precisa ser feito para solidificar os pontos fortes dos alunos e melhorar os pontos fracos. É essa avaliação que vai servir de guia para o planejamento docente, possibilitando que o professor adeque suas metodologias, propondo um plano de intervenções pedagógicas.
Além da Avaliação Diagnóstica, existem outros tipos de avaliação, como a Formativa e a Somativa.
O modo como o professor avalia o desempenho de seus alunos em sala de aula é chamado de Avaliação Formativa, que inclui provas, trabalhos em equipe, jogos, autoavaliação… é como se o professor tirasse fotos ao longo da jornada de aprendizagem.
Já a Avaliação Somativa é feita ao final da jornada, no final de um período, mostrando por exemplo, o tamanho de retenção de conhecimento e a curva de esquecimento.
Marcelo de Castro, diretor da Escola Fernão Gaivota – Maple Bear Alphaville, instituição particular que adota a metodologia de ensino bilíngue canadense, esclarece que a melhor forma de avaliar um aluno é correlacionar os três modelos de avaliação: ter um retrato no início, um no final, e todo o filme do processo.
“Entendemos que avaliações diagnósticas são feitas ao início de uma unidade de aprendizagem e fornecem ao professor os conhecimentos prévios dos estudantes da turma, coletiva e individualmente. Isso permite ao professor planejar a unidade de aprendizagem de maneira diferenciada, pensando naquele grupo de estudantes. As avaliações formativas são oportunidades para o professor dar feedback aos estudantes sobre seu desempenho. Por fim, avaliações somativas, realizadas ao final de uma unidade de aprendizagem, fornecem ao professor evidências sobre o desempenho dos alunos em relação aos objetivos de aprendizagem. Assim, o uso dos três tipos de avaliação, de maneira combinada, se faz sempre necessário.”
Como aplicar a Avaliação Diagnóstica?
Existem diversas formas diferentes de fazer a Avaliação Diagnóstica, mas a recomendação é fazer sempre a cada início de ano letivo ou de ciclo de aprendizagem, pois se trata de uma maneira de ter um panorama claro do passado, analisando como cada aluno chega a um novo patamar de seu estudo.
Dessa forma, o tratamento tem como pilar um aspecto preventivo, e o professor realiza seu trabalho já com as causas das dificuldades de aprendizagem identificadas.
Resumimos aqui dicas de 10 ferramentas para ajudar os professores a realizar a Avaliação Diagnóstica:
- Redações
- Leitura e interpretação de textos
- Debates
- Resolução de problemas por meio de operações matemáticas
- Simulações
- Consulta ao histórico escolar
- Questionários
- Entrevistas com alunos
- Uso de soluções tecnológicas
- Análise de dados da turma
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