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Por que ter uma escola inovadora? Muito se fala em transformação digital e tecnologias educacionais, mas qual o impacto disso em sala de aula? Para Ericson Senno, gestor acadêmico da rede de escolas Luminova, entender o porquê, antes de tudo, é importante para nortear as ações que de fato farão sentido para a escola. 

“A partir disso, nós começamos o nosso trabalho de entender qual a melhor estratégia, qual a melhor metodologia. Então, o primeiro impacto que eu posso ter na formação de professores para uma escola que se pretende inovadora, é saber porque eu quero ser inovador”.

Juntamente com a reflexão do porquê, Ericson faz uma provocação sobre as escolas do século XX que perduram no século XXI: “A gente sabe largamente que a escola antiga era uma escola onde o professor tinha um papel preponderante, ele tinha um papel de transmissor de conteúdos, será que esse papel, hoje, basta para essa nova sociedade?”.

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O fato é que enquanto o professor for um mero reprodutor de conteúdo, dificilmente será possível pensar em inovação nesse contexto, afinal, o papel desse profissional vai muito além. É preciso entender que o estudante é foco da escola e o professor é um personagem plural, um influenciador de aprendizagens cognitivas e socioemocionais. 

A formação de professores também precisa ser inovadora

“Como é que o docente vai ter momentos em sala de aula, com uma metodologia inovadora, se na formação pedagógica ele apenas ouviu?”, novamente questiona o gestor da Luminova. 

Ericson explica que nas escolas da rede, os professores não são apenas ouvintes e assumem uma posição ativa durante as formações pedagógicas. Isso porque, faz parte da própria filosofia da Luminova oportunizar entre seus profissionais a prática, a discussão e a crítica com objetivo de torná-los agentes de transformação e de formação de pensamento. 

Esse mindset de escola inovadora, trazido pelo gestor, desperta a autoconfiança nesses profissionais, ao mesmo tempo que impacta positivamente o processo de ensino-aprendizado. Como consequência, a troca de conhecimentos se torna mais significativa, fazendo com que alunos e docentes sejam protagonistas das aprendizagens. 

Ericson ainda vai além e idealiza uma formação pedagógica estendida: “Quando nós pensamos em um novo olhar para essa formação, eu penso em um formato onde toda a equipe da escola deve participar. […] Você tem um monitor, um professor auxiliar, um estagiário, o próprio porteiro, a equipe administrativa, secretária escolar, todos participando de uma formação pedagógica, entendendo a filosofia e o espírito da unidade de ensino”. 

Como pensar em novos modelos de avaliação em uma escola inovadora?

Considerando as diversas aprendizagens, uma escola inovadora precisa de diferentes instrumentos de avaliação. Trazendo a Luminova como exemplo, os alunos têm a oportunidade de aprenderem com erros e os pais metrificar o desempenho dos seus filhos. 

Apesar de temida, a recuperação também é um momento de aprendizado na Luminova. “O professor faz uma análise do que o aluno errou e porque errou. A partir desse ponto, ele entende que o erro não é um problema, o erro é o princípio de uma nova aprendizagem.”, explica o gestor.

Pais e responsáveis ainda são convidados para contemplar as descobertas dos seus filhos no Lumina Festival. O evento anual reúne a comunidade escolar para apresentar trabalhos, compartilhar conhecimentos, discutir ideias e até fazer negócios. 

“Quando as famílias vêm, eles entram na sala e está ali o professor, o assistente e o aluno que pode contar para a família “mãe, essa é a minha produção de texto, olha o que eu produzi na aula de ciência”. Então, o aluno mostra naquele dia para o pai as suas aprendizagens”. 

Assista à palestra completa:

Qual o impacto da formação dos professores para se ter uma escola inovadora?