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A ciência já comprovou que estabelecer relacionamentos que possam gerar confiança e autonomia, assim como sentir-se querido e aceito, reflete nas nossas decisões e na forma como olhamos para o mundo. E isso começa desde a infância, onde crianças e os jovens que crescem regulando melhor suas emoções percebem a influência positiva dessa estabilidade no seu aprendizado.

Neste contexto, sua instituição tem se preocupado com a saúde emocional dos alunos?

 Gilber Machado é CEO da startup KUAU e educador com experiência em Protagonismo e Liderança Juvenil, Orientação Profissional e Projeto de Vida, e orienta que o cuidado com a saúde mental dos alunos deve ser ser pensado de forma conjunta.

“A escola encontrou o momento, mais que oportuno, para desenvolver aquilo que é obrigatório pela BNCC […] o Projeto de Vida. Ele é um item curricular essencial e traz questões fundamentais que fazem-me refletir sobre quem eu sou, ou quem eu quero ser e o meu papel no mundo”, comenta Gilber. 

Ele reforça inclusive que o Projeto de Vida é essencial não apenas para que os estudantes entendam sua importância no mundo, mas também desenvolvam uma visão positiva sobre o futuro. Isso pode ser trabalhado através de narrativas (orais ou escritas) e de forma integrativa, conectando os familiares. Para adolescentes, por exemplo, as discussões podem ser voltadas para valores e crenças, fazendo com que os jovens se posicionem em relação a isso.

 

Projeto de vida: como os alunos podem desenvolver o seu propósito

 

Como implantar um projeto de vida na sua escola

Em outra oportunidade, já mostramos como usar a tecnologia nas diferentes etapas da educação. Aproveitando esse cenário digital, o planejamento do Projeto de Vida da instituição pode ser construído totalmente online, usando a ferramenta Canvas, por exemplo, que permite a participação conjunta de professores, coordenadores e gestores.

Mas em relação aos estudantes, como é possível trabalhar com o projeto de vida em um período de tantas incertezas e medos? Bom, a própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) reconhece que o projeto de vida é essencial para a formação de estudantes autônomos, críticos e responsáveis. Então, um dos caminhos para abordar esse tema é por meio engajamento, conduzido pelo acolhimento e autonomia.

O CEO da KUAU explica como pode ser dada essa autonomia aos jovens:

“O adolescente não é criança, mas também não é adulto, então, você tem que trabalhar o desenvolvimento da autonomia com limites, onde você tem, através da escola e dos pais, a mentoria, o apoio, o suporte, mas você define limites claramente”, ele ainda completa: “Se você define limites é porque você dá liberdade de atuação dentro daquele universo que foi estabelecido como limite”. 

Outra parte importante dentro do protagonismo juvenil é a atuação coletiva. Por meio das ações coletivas, o jovem vai desenvolver as ferramentas importantes para vivenciar o “mundo real” da vida adulta, com todos os seus conflitos e diferenças. Esse tipo de atuação está prevista na BNCC como habilidade socioemocional – e pode ser fundamental para lidar com o isolamento social e o avalanche de emoções ele que traz consigo, como o medo e a ansiedade.

 

O mapa da empatia

Durante a pandemia, muito se falou também em empatia. Afinal, se de um lado estão as escolas que tiveram que suspender as aulas repentinamente, com gestores preocupados com a estabilidade do seu negócio; do outro lado, estão pais com filhos tendo que driblar os desafios de gerir uma “escola em casa”.  Ou seja, não há como negar que todos foram afetados, em diferentes níveis.

É importante reforçar que as crianças também têm a saúde mental e, consequentemente, o aprendizado afetado com toda essa situação de instabilidade que foi vivida. Então a escola deve trabalhar com o acolhimento através da empatia. 

O mapa da empatia é mais uma ferramenta online sugerida por Gilbert. Esse recurso é bastante utilizado na área de vendas e consiste, basicamente, em refletir sobre as atitudes, os pensamentos e os sentimentos do cliente, para criar estratégias de vendas eficientes. Como ferramenta pedagógica, o mapa da empatia pode estimular os estudantes a refletirem em relação a eles mesmos; os pais e professores também podem participar dessa dinâmica. 

Outra ferramenta indicada pelo especialista é o diário de bordo. Ele permite trabalhar o acolhimento de maneira empática e pode ser utilizado do fundamental II até o ensino médio. No diário, os alunos podem relatar vivências, sentimentos e reflexões. Esses registros geram uma narrativa sobre os obstáculos e as atitudes de superação, possibilitando uma reflexão crítica.

 

Um novo olhar para o futuro

Segundo Gilber, por nossas crianças e jovens já estarem imersos em uma cultura digital, é importante incorporá-las no processo de ensino-aprendizagem. Portanto, recai sobre a escola, em parceria com a família, a responsabilidade de formar cidadãos éticos, engajados e emocionalmente inteligentes. 

É nesse contexto que o Kuau desenvolve suas metodologias educacionais para as gerações Z e Alpha. A solução do Projeto de Vida, desenvolvida pela startup, oferece materiais para educadores, aplicativos para alunos e um plataforma de gestão escolar, permitindo uma integração completa.

“Daqui para a frente os educadores precisam abraçar as metodologias ativas que permitem esse engajamento, essa participação, essa coautoria, esse protagonismo, e a tecnologia digital é aquilo que vai facilitar também o engajamento dos alunos, e principalmente o processo de gestão desse processo”, finaliza o CEO da empresa.

 

Assista à palestra completa sobre o assunto:
Autonomia e acolhimento: estratégias de engajamento para o ensino remoto

 

A Kuau é uma empresa especializada em Projeto de Vida e Aprendizagem Socioemocional que atende mais de 900 escolas em todo Brasil com soluções inovadoras para os nativos digitais. Acesse também 4 materiais gratuitos sobre sobre Autonomia, Protagonismo e Projeto de Vida na Escola preparados pela empresa.