Levar tecnologia digital às escolas públicas e trazer de volta os alunos afastados por causa da pandemia. Esses são os principais desafios do Ministério da Educação, e o assunto foi debatido nesta segunda-feira, na subcomissão do Senado que acompanha a educação na pandemia.
De acordo com o secretário adjunto de Educação básica do MEC, Helber Ricardo Vieira, com a pandemia a pasta buscou reduzir os impactos do ensino à distância principalmente nas regiões mais afastadas. Para isso, mais de cem mil escolas foram conectadas à internet, com a instalação de quinhentas antenas.
As medidas tentaram reduzir os problemas que a pandemia causou, como a evasão escolar, a perda do vínculo dos estudantes com a escola, o aumento do déficit na aprendizagem e a desigualdade no ensino público e privado. Vieira explicou o que MEC está fazendo para o retorno às aulas presenciais nas escolas públicas, como preparar estratégias de busca ativa para reduzir a evasão escolar.
O secretário de Controle Externo da Educação do TCU, o Tribunal de Contas da União, Alípio Dias dos Santos, também apontou a importância da conexão digital das escolas, mas citou grandes diferenças entre as regiões. Na região Norte, 44% dos estudantes não têm acesso à internet, problema que afeta 30% dos alunos no Sudeste. Já a falta de equipamentos para o ensino a distância afeta 31% dos alunos do Nordeste, e quase 30% dos estudantes no Norte.
Esta foi a sexta audiência pública da subcomissão para debater os impactos da pandemia na educação do país e elaborar uma agenda para tentar reparar as perdas causadas pela pandemia.
Fonte: Rádio Agência Nacional