Capital paulista mantém uso de máscara e libera distanciamento mínimo em escolas
A prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (14) que a necessidade de espaçamento de um metro entre as cadeiras nas escolas deixará de ser exigida a partir do próximo dia 25 de outubro. Entretanto, o governo municipal destacou que os estudos que embasaram a dispensa do distanciamento mostram que ainda é necessário o uso de máscaras mesmo ao ar livre.
Porém, o chefe do poder executivo ressaltou que essa determinação poderá ser revista depois de 10 de novembro, quando se espera que as pessoas acima de 12 anos estejam com o esquema vacinal completo na capital paulista.
A prefeitura fez o rastreamento e monitoramento de 2,3 mil casos confirmados de covid-19 e observou a transmissibilidade da doença a partir dos contatos dessas pessoas. A partir da taxa de contágio, a recomendação foi de manter as medidas contra a disseminação do vírus, como o uso de máscaras.
Retorno às escolas – Com o fim da necessidade de distanciamento, as escolas voltarão a funcionar normalmente, com os estudantes frequentando as aulas todos os dias, deixando de existir o rodízio dos estudantes nas escolas municipais.
Surtos – A coordenadora do núcleo epidemiológico da vigilância sanitária municipal, Paula Bisordi, disse que desde a volta às aulas, em abril, os estabelecimentos de ensino passaram por diversos surtos de síndrome gripal respiratória. Em toda a cidade, foram 2.074 surtos, sendo que 80% em unidades escolares. Do total de surtos, 70% foram confirmados como causados pela covid-19.
Nas escolas, os surtos causaram 13,2 mil casos de adoecimento, mais de 60% em adultos entre 20 e 69 anos. As crianças com idade entre 1 e 4 anos responderam por 21,3% dos casos. Bisordi afirmou que, no momento, a situação nas escolas em relação à transmissão da covid-19 está controlada. “Atualmente, nós não vemos tendência de aumento desses surtos em unidades escolares”, disse.
* Fonte: Agência Brasil
* Edição: Escolas Exponenciais