Como as escolas podem preparar as meninas para os cargos de liderança?
As mulheres ocupam apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil, conforme mostra uma pesquisa realizada pela Grant Thornton. De acordo com especialistas, uma maneira para mudar este cenário é por meio da Educação. Mas, afinal, como as escolas podem contribuir neste processo?
Para responder essa pergunta, o Escolas Exponenciais entrevistou cinco mulheres que são líderes no mercado educacional e estarão presentes no 17° Crescer – Congresso e Feira Educacional, onde participarão do painel “Arena Mulheres Empreendedoras na Educação”.
Na opinião de Amábile Ap. Pacios, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep), as instituições de ensino têm um papel fundamental para melhorar esses índices. “A escola é de fato um espaço que é o laboratório da vida. Se as meninas ocupam espaço de liderança dentro das escolas, elas também saberão ocupar esse cargo de liderança quando maiores”, afirma.
Dar voz e permitir que as alunas sejam protagonistas da sua própria história é a estratégia que tem sido utilizada no Anglo Morumbi e Colégio Ser. “A coordenação, orientação e direção são muito presentes e abertas para ouvi-las e entender como podemos mudar este cenário machista que vivemos na nossa sociedade. Temos também diversas iniciativas do coletivo feminista, com um grupo de alunas que trabalham o tema na escola, com apoio de colaboradores e professores”, explica a diretora Sandra Oliveira.
O protagonismo também é apontado como essencial por Irmã Luci Rocha de Freitas, diretora Geral dos Colégios Vicentinos. “O empoderamento se dá na capacidade que temos, quando demonstramos que estamos para gestacionar o novo, pois não somos mulheres em um mundo de homens, somos mulheres em mundo de pessoas e pessoas são sujeitos de sua história”, completa.
Habilidades desenvolvidas na escola
De acordo com Janaina Rangel Jordão, diretora do Colégio Ranieri, a escola precisa desenvolver as habilidades e competências necessárias para que as meninas ocupem cargos de liderança.
“Podemos citar a resolução de problemas, pensamento crítico, criatividade, capacidade de colaboração, inteligência emocional e tomada de decisões, como também a conscientização sobre questões de equidade de gênero, para que que os preconceitos que eram muito mais fortes no passado, sejam cada dia mais uma questão ultrapassada e as meninas entendam que elas podem ser o que elas quiserem”, ressalta.
Kathia Sanchez Fadel, diretora e mantenedora do Colégio BeKa ainda acrescenta a necessidade de “trabalhar a autoestima, desenvolver a inteligência emocional, ter boa comunicação, conhecimento tecnológico, visão 360, aprendizado constante, ser flexível, prezar pelo bom relacionamento, saber trabalhar em equipe, ser resiliente diante das adversidades, desenvolver mentalidade de crescimento e abertura para o novo”, pontua.
Mulheres nos cargos de liderança das escolas
No dia 1º de setembro, Amábile Ap. Pacios, presidente da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep); Sandra Oliveira, diretora do Anglo Morumbi e Colégio Ser; Irmã Luci Rocha de Freitas, diretora Geral dos Colégios Vicentinos; Kathia Sanchez Fadel, diretora e mantenedora do Colégio BeKa; e Janaina Rangel Jordão, diretora do colégio Ranieri, participarão da “Arena Mulheres Empreendedoras na Educação”.
O painel, que faz parte da programação do 17° Crescer – Congresso e Feira Educacional, um dos principais eventos nacionais voltado para mantenedores, diretores, coordenadores, supervisores e gestores de instituições de ensino, será mediado pela jornalista Kely Gouveia, gerente do Escolas Exponenciais.
Na ocasião, as profissionais vão contar sobre suas trajetórias profissionais e o caminho que percorreram para serem reconhecidas na Educação. As inscrições para o congresso educacional estão abertas, são gratuitas, e podem ser feitas neste site: www.rabbitmkt.com.br/crescer