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Cerca de 20% das famílias consideram a educação financeira na escola como um diferencial na hora de escolher uma instituição de ensino para os filhos. Isso é o que mostra a pesquisa Certificação Escolas Exponenciais, realizada com cerca de 150 mil pais que têm os filhos matriculados em 361 escolas particulares de todo o país.

Ainda de acordo com o levantamento, entre as aulas complementares consideradas mais relevantes para os responsáveis pelos alunos estão:  curso de idiomas (30%), desenvolvimento socioemocional (26%), desenvolvimento da saúde emocional (21%) e, em quarto lugar, aparece a educação financeira (20%).

Em São Paulo, no Colégio Lamak, a diretora Margareth Ap. O. Pedroso tem realizado um trabalho inspirador com todos os alunos da instituição de ensino. Atualmente, a escola conta com cerca de 60 estudantes e oferece o ensino a partir do berçário até o 3º ano do Ensino Fundamental 1.

De acordo com a gestora, que tem formação em educação financeira, o projeto sobre educação financeira na escola ocorre de maneira didática e educativa.

Toda segunda-feira, os alunos levam latinhas vazias que arrecadaram ao longo da semana. Depois, o material é vendido pela escola, que coloca o valor em um cofre coletivo e, a cada seis meses, o valor é dividido entre os estudantes.

O cofre coletivo ainda conta com outras fontes de renda: a venda de uniformes usados, que estão em bom estado de conservação, e as famílias também vendem sabão, feito a partir da coleta de óleo usado.

“O cofre coletivo são os projetos em que vendemos os recicláveis, os uniformes usados e com óleo usado fazemos sabão e mandamos para as famílias venderem. Todos esses valores arrecadados colocamos no cofre e, a cada seis meses, dividimos o valor entre os alunos”, explica Margareth.

 

Projeto de educação financeira na escola vai ensinar sobre investimentos

Outro diferencial no projeto de educação financeira na escola em que Margareth é diretora é o cofre individual de cada aluno. O colégio incentiva cada família a reduzir gastos, como na conta de água e de luz, por exemplo.

O valor que for economizado no mês é colocado no cofre individual do estudante. “O que a família economizou vai para o filho, a diferença vai creditando na conta da criança”, conta.

Até, então, o projeto permitia que os valores tanto, do cofre coletivo quanto do individual, poderiam ser decididos como seriam gastos pelos responsáveis pelos alunos.

“A família podia escolher se queria desconto na mensalidade, se queria deixar o crédito para o próximo ano. Mas percebemos que não existia um objetivo específico, não achamos que o retorno estava legal”, afirma.

Sendo assim, a diretora teve a ideia de cada aluno abrir uma conta digital como uma maneira de ensinar a poupar dinheiro e, depois, Margareth pretende impulsionar ainda mais a educação financeira na escola abordando sobre a questão dos investimentos.

“Agora, para receber o crédito da escola, a criança precisa dessa conta. O crédito vai direto para o aluno, incentivando os pais a fazerem um investimento para o filho lá no futuro. Então, vamos começar a ensinar sobre como fazer os primeiros investimentos. Vamos ensinar o caminho. Educador financeiro dá o caminho e eles escolhem o que é melhor para eles. Vamos mostrar as opções e os pais fazem as escolhas”, ressalta.

 

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