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A participação cada vez mais significativa da mulher no mercado de trabalho demanda uma rede de apoio robusta para conciliar suas responsabilidades profissionais com os cuidados familiares. Nesse cenário, a escola é um elemento crucial no cotidiano das famílias.

No contexto do Dia das Mulheres, é essencial destacar os desafios diários enfrentados por elas, especialmente aquelas que se dedicam tanto ao trabalho quanto aos cuidados com os filhos.

Até 2021, apenas 54,6% das mães entre 25 e 49 anos, com filhos até três anos, estavam empregadas, segundo dados do IBGE e do CIEE. Para muitas delas, a escola se torna a resposta principal à pergunta sobre quem ficará com as crianças enquanto trabalham.

“É fundamental essa rede de apoio das escolas para a família. O núcleo familiar é insubstituível e responsável pela socialização primária, mas a escola também tem seu papel: é o primeiro espaço de convívio coletivo”, destaca Esther Carvalho, diretora-geral do Colégio Rio Branco.

“Nessa rede de apoio, existe algo muito importante: a união família-escola para pensarem juntas, sem receita pronta, a formação dessas crianças no mundo contemporâneo”.

Independentemente de retornarem, permanecerem ou deixarem o mercado de trabalho para se dedicarem aos cuidados infantis, é essencial que as mulheres recebam apoio e valorização em todas as suas escolhas.

“As questões são complexas, cada família é um núcleo com sua própria identidade, e, juntos, temos que encontrar pontos de interlocução para que os pais tomem suas decisões dentro daquilo que é só deles, e a escola também. Nem sempre haverá concordância, mas, diálogo, sim”, pontua.

Acolhimento na escola: oferecendo mais do que educação

Para desempenhar seu papel como uma rede de apoio eficaz, as escolas têm adaptado seus horários e serviços para atender às demandas das famílias. No Colégio Rio Branco, por exemplo, os alunos podem permanecer na instituição por até 11 horas diárias, em um modelo flexível que se adapta às necessidades individuais de cada família. Além disso, são oferecidos cursos livres para todas as idades, promovendo o desenvolvimento cognitivo e socioemocional dos estudantes.

“No entanto, a escola não deve ser encarada apenas como um local onde as crianças ficam. Ela é muito mais do que isso! Há 15 anos, por exemplo, não iniciávamos a escolarização tão cedo. Hoje, no entanto, acolhemos alunos desde os dois anos, em resposta à necessidade de oferecer uma formação integral e servir como uma rede de apoio à mulher, que cada vez mais desempenha papéis de destaque na sociedade e busca sua realização pessoal e profissional”, conclui a diretora.

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Imagem: Image by gpointstudio / Freepik